terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Política e Sociedade

“Três Autores:

Rousseau
No seu Discurso sobre a origem das desigualdades, Rousseau distingue o homem no estado de natureza, que vive só, do homem no estado civil, que vive em sociedade. Esta mudança de estado deve-se a um funesto acaso: o agrupamento dos homens devido às asperezas do clima e o aumento da população geram o gosto pela propriedade da terra, que está na origem de todas as infelicidades do homem. Do ponto de vista de Rousseau, as primeiras sociedades constituem a idade de ouro da humanidade: o homem natural adquiriu sociabilidade, mas não perdeu a sua autonomia. O desenvolvimento do amor-próprio destruirá esta idade de ouro.

Durkheim
Fundador da sociologia científica, Durkheim afirma que devemos considerar os factos sociais como coisas. A sociedade cria os indivíduos que, se não tivessem uma consciência colectiva, seriam incapazes de viver juntos. Esta prevalência da sociedade sobre os seus membros observa-se até no estudo do suicídio. Acto pessoal por excelência, o suicídio pode ser explicado sociologicamente: quando a consciência colectiva enfraquece (por exemplo, quando não pertencemos a nenhuma associação religiosa, desportiva…), a taxa de suicídio aumenta.

Lévi-Strauss
“O antropólogo Lévi-Strauss lembra que todas as sociedades estabelecem laços entre os seus membros, através da troca. São trocado bens, serviços, mensagens… e mulheres (diz ele). Tratando-se de mulheres, a regra observada em todas as sociedades é a proibição do incesto: a estrutura elementar de parentesco requer que a esposa não seja irmã do marido. Esta lei de exogamia (as pessoas casadas devem ter origem em famílias diferentes) é universal, mas não natural: é livremente instituída. Todas as sociedades humanas são, portanto, culturais.”


Excerto de: Jorge Nunes Barbosa. “Conceitos em Filosofia.” JB, 2012. iBooks. https://itun.es/pt/tHZ3E.l

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