quinta-feira, 28 de abril de 2011

Not For Sale

Tentação

Oh, The Temptation from Steve V on Vimeo.

Les inégalités de revenus continuent de se creuser par le haut

28 avril 2011
dette.1279527283.jpgPlus on est riche et plus les revenus et le niveau de vie augmentent plus fortement que pour le reste de la population. C’est ce que confirme l’Insee dans une étude, publiée jeudi 28 avril.

Intitulée  “Inégalités de niveau de vie et pauvreté de 1996 à 2008″, cette étude montre également que le niveau de pauvreté demeure globalement stable depuis 2002,les difficultés étant toutefois de plus en plus fortes pour les familles monoparentales et les personnes seules.

La “photographie” réalisée par l’institut national de staistiques s’arrête toutefois à 2008 et ne prend donc pas pleinement en compte les effets de la crise.
Niveau de vie : c’est la somme des revenus disponibles d’un ménage (revenus salariés, non salariés et du patrimoine, prestations sociales), moins les impôts directs, le tout étant ramené à l’unité de consommation.

Dans un ménage le premier adulte compte pour 1 unité, les autres personnes de plus de 14 ans pour 0,5 unité et les enfants pour 0,3.

Un ménage composé de deux adultes, un adolescent et un enfant représente par exemple 2,3 unités de consommation. Si son revenu est de 100, il faut diviser par 2,3 pour avoir le niveau de chacun des membres du ménage.

Niveau de vie médian : c’est le chiffre qui sépare la population en deux. En 2008, le niveau de vie médian se situait à 18 990 euros par an (1 580 euros par mois), contre 18 670 euros en 2007.
Cela signifie par exemple que, pour un couple avec deux jeunes enfants (2,1 unités de consommation), le revenu est de 3 320 euros par mois.

Niveau de vie des personnes les plus modestes : en 2008, 10 % de la population disposait d’un niveau de vie inférieur à 10 520 euros par an (+ 2,2 % par rapport à 2007).

Niveau de vie des personnes les plus aisées : 10 % de la population disposait en 2008 d’un niveau de vie supérieur à 35 550 euros par an (+ 2 % sur 2007).
Le 1 % de personnes les plus aisées -les “très hauts revenus”, comme on les appelle - se situaient à un niveau supérieur à 88 200 euros par an.
A l’intérieur de cette catégorie, 0,9 % de la population affichait un revenu compris entre 88 200 et 239 300 euros et 0,1 % de la population un revenu supérieur à 239 300 euros.

Seuil de pauvreté : le seuil de pauvreté correspond à 60 % du niveau de vie médian. En 2008, il se situait à 949 euros par mois.
Cela représente par exemple un revenu de presque 2 000 euros pour un couple avec deux jeunes enfants.

Qui est pauvre : 13 % de la population française se situait en 2008 en dessous de ce seuil, soit 7,8 millions de personnes. La proportion est quasi identique à ce qu’elle était en 2002.
La pauvreté touche surtout les personnes au chômage (35 % d’entre eux), les personnes seules (16,9 % d’entre elles en 2008, contre 15,1 % en 1996) et les familles monoparentales.
Pour ces dernières, le taux de pauvreté s’accroît depuis 2004 : la part des familles monoparentales pauvres est ainsi passée de 26 % à 30 %.
Et plus il y a d’enfants, plus la situation est difficile : en 2008, 53,7 % des personnes vivant dans des familles monoparentales avec trois enfants ou plus étaient pauvres, alors que la proportion était de 35,9 % en 2004.

L’Insee relève que la pauvreté “diminue seulement” pour les personnes vivant en couple, avec ou sans enfant. “Elle a diminué plus rapidement que pour l’ensemble de la population”, indique l’étude, rappelant que cette pauvreté reste malgré tout élevée pour les familles nombreuses : 19,7 % d’entre elles se situent sous le seuil de pauvreté, contre 27,8 % en 1996.

Inégalités de niveau de vie : elles continuent de se creuser par le haut, confirmant une tendance à l’œuvre depuis 2004, souligne l’étude de l’Insee.
La progression du niveau de vie reste ainsi plus forte pour les très hauts revenus comparativement au reste de la population.
Cette situation avait été mise en évidence, en juin 2007, par les travaux de Camille Landais, de l’Ecole d’économie de Paris, qui avait analysé la période 1998-2005.
Elle avait été confirmée, en 2010, par une étude de Julie Solard, pour le compte de l’Insee, portant sur la période 2004-2007.
“Entre 2004 et 2007, les très hauts revenus ont augmenté plus rapidement que ceux de l’ensemble de la population. En 2008, première année de crise, ce mouvement se poursuit mais ralentit”, indique l’Insee.
Cette différence est due “en particulier à une forte hausse des revenus du patrimoine (+ 11 % par an sur la période 2004-2008), qui sont fortement concentrés chez les personnes les plus aisées”, souligne l’étude.
Les études de Camille Landais et Julie Solard avaient montré que c’est aussi à travers “la rapide augmentation des inégalités de salaire” que se creuse l'’écart en faveur des plus riches.
L’étude de l’Insee, publiée jeudi, détaille l’évolution du poids de ce 1 % de la population la plus aisée dans le total des revenus.
On voit ainsi que la part du 0,9 % de Français dont le revenu est compris entre 88 200 et 239 300 euros, est passée de 4,76 % à 5,04 % entre 2004 et 2008.
La part du 0,1 % de Français disposant d’un revenu supérieur à 239 300 euros a quant à elle augmenté de 1,72 % à 2,03 %.
Sur la même période, la part des revenus perçus par les 9 % de la population disposant d’un revenu annuel compris entre 37 000 euros et 88 200 euros est restée stable autour de 20,7%.
Celle des revenus perçue par 90 % de la population française a diminué légèrement : 72,25 % en 2008, contre 72,86 % en 2004.

Já Falta Pouco... Pelos Vistos

Toika ultima programa de assistência financeira

Plano de ajuda deverá ser entregue ao Governo até ao final da semana

27.04.2011 - 18:57 Por PÚBLICO
 
O pacote de assistência financeira a Portugal já estará praticamente desenhado, pelo que, até ao final da semana, as equipas da Comissão Europeia, do FMI e do BCE deverão entregar ao Governo o memorando de entendimento do plano de ajuda, avança o Expresso no seu site.
 
 (Miguel Manso)
As equipas da missão externa que estão em Lisboa a negociar o pacote de ajuda com o executivo estabeleceram 4 de Maio como limite para terminar o processo, mas deverão entregar o memorando de entendimento ao executivo até ao final da semana, de acordo com o semanário.

Segundo o Expresso, entre 1 e 4 de Maio deverá realizar-se uma conferência de imprensa final com a presença dos chefes da missão da troika e do porta-voz do comissário europeu para os assuntos económicos, Olli Rehn. Nessa altura, já serão conhecidas as medidas no programa de ajuda.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Mulheres portuguesas representam mais de 60% da força laboral - OCDE

De Margarida Cotrim (LUSA)
Lisboa, 27 abr (Lusa)

As mulheres estão cada vez mais presentes no mercado de trabalho, com as portuguesas a representar já mais de 60 por cento da força laboral, um valor acima da média dos países da OCDE, de 59,6 por cento.
De acordo com um relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), hoje publicado, em Portugal, a proporção de mulheres no mercado de trabalho em 2009 era de 61,6 por cento, um valor acima da média da Organização.
O estudo "Doing better for families", conclui ainda que as mulheres participam cada vez mais em trabalhos remunerados, apesar das diferenças na intensidade laboral entre homens e mulheres.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Bruner - A Mente e o Significado

Bruner - A Mente e o Significado

Identidade

Identidade

sábado, 16 de abril de 2011

O Verdadeiro Sócrates

Sabemos através, não de Platão, mas de Xenofonte que Sócrates discutia com os seus dicípulos questões de técnica política do mais variado teor: as diferenças entre diferentes tipos de constituições, a formação de instituições e de leis políticas, os objectivos da actividade de um estadista e a melhor preparação para ela, o valor da união política e o ideal da legalidade como a mais alta virtude do cidadão.
Sabemos, pela mesma fonte, que Sócrates foi um crítico da democracia tal como ela era praticada na Grécia do seu tempo: criticava a mecanização do processo político eleitoral, através do sorteio com favas e do princípio democrático da maioria nas leis da assembleia do povo. Foi também um acérrimo crítico da tirania, nomeadamente a levada a cabo pelo seu antigo discípulo Crítias. Este chegou mesmo a proibir Sócrates de se dedicar ao ensino, sob uma velada ameaça de morte.
Para Sócrates, toda a educação deve ser política. Tem necessariamente de educar o Homem para uma de duas coisas: para governar ou para ser governado.
O Homem educado para governar, segundo ele, tem de aprender a antepor o cumprimento dos deveres mais prementes à satisfação das necessidades físicas. Tem de se sobrepor à fome e à sede. Tem de se acostumar a dormir pouco, a deitar-se tarde e a levantar-se cedo. Nenhum trabalho o deve assustar, por árduo que seja. Não se deve deixar atrair pelo engodo dos sentidos. Tem de se endurecer para o frio e para o calor. A este esforço pedido a quem deseje ser governante chama Socrates ascese.
Mas o ascetismo socrático não é a virtude monacal, mas sim a virtude do homem que deseja governar. Ascese é um conceito que equivale ao noso termo formação, que, para os governantes, deve ser de abstinência e autodomínio.
Por outro lado, Sócrates faz do problema da liberdade um problema ético. Considera livre o homem que representa a antítese daquele que vive escravo dos seus apetites. Este aspecto só tem interesse relativamente à liberdade política, na medida em que implica a possibilidade de um cidadão livre ou um governante ser, no sentido socrático do termo, escravo. Sócrates não propôs qualquer alteração da realidade social onde o conceito de homem livre se opunha simplesmente ao de escravo.
O autodomínio e a liberdade seriam, então qualidades a desenvolver no cidadão grego e no governante. Mas estas qualidades devem estar ao serviço da virtude política.
Nos primeiros diálogos de Platão, assistimos a debates sempre inconclusivos sobre o que é ser justo, o que é ser corajoso, o que é ser piedoso. Na verdade, se compaginarmos os relatos de Platão com os de Xenofonte, percebemos que, para Sócrates, a virtude do justo, por exemplo, ainda não é virtude, se não estiver assegurado que é honesto, corajoso, etc. A virtude do corajoso ou do honesto ainda não é virtude, se lhe faltar a virtude do justo, etc.
A virtude do Homem é, então, a virtude política: a busca desta virtude é o verdadeiro caminho socrático.
Ninguém deveria ser chamado a governar a Pólis, se não fosse virtuoso. Note-se que o virtuoso de Sócrates não tem nada a ver com o rei filósofo de Platão. É simplesmente aquele que, por ascese, isto é, por formação, se eleva à virtude política, porque é honesto, é justo, é corajoso, etc. e sabe colocar a sua virtude ao serviço da Cidade.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Portugal não precisava de ajuda externa e agências de "rating" têm de ser travadas (act.)

Portugal não precisava de ajuda externa e agências de "rating" têm de ser travadas (act.)

O sociólogo Robert Fishman escreve no "The New York Times" sobre o "desnecessário resgate de Portugal" e acusa as agências de notação financeira de distorcerem a percepção que os mercados tinham da estabilidade do País.
Portugal não precisava deste resgate. Foi sobretudo a especulação que precipitou o País para o pedido de ajuda externa. O culpado não foi o governo, mas sim a pressão das agências de “rating”. É esta a opinião de Robert Fishman, professor de Sociologia na Universidade de Notre Dame, num artigo hoje publicado no jornal “The New York Times”.

Na opinião de Fishman - que escreveu, em conjunto com Anthony Messina, o livro intitulado “The Year of the Euro: the cultural, social and political import of Europe’s common currency” -, a solicitação de ajuda externa à UE e ao FMI por parte de Portugal deverá constituir um aviso para as democracias de todo o mundo.

A crise que teve início no ano passado, com os resgates da Grécia e da Irlanda, agravou-se, constata o professor. “No entanto, este terceiro pedido nacional de ajuda não tem realmente a ver com dívida. Portugal teve um forte desempenho económico na década de 90 e estava a gerir a sua retoma, depois da recessão global, melhor do que vários outros países da Europa, mas sofreu uma pressão injusta e arbitrária por parte dos detentores de obrigações, especulações e analistas de “rating” da dívida que, por razões ideológicas ou de tacanhez, conseguiram levar à queda de um governo democraticamente eleito e levaram, potencialmente, a que o próximo governo esteja de mãos atadas”, salienta Robert Fishman no seu artigo de opinião publicado no jornal norte-americano.

O sociólogo adverte que “estas forças do mercado, se não forem reguladas, ameaçam eclipsar a capacidade de os governos democráticos – talvez até mesmo o norte-americano – fazerem as suas próprias escolhas em matéria de impostos e despesa pública”.

"Crise em Portugal é completamente diferente"

Apesar de as dificuldades de Portugal se assemelharem às da Grécia e da Irlanda, uma vez que os três países aderiram ao euro, cedendo assim o controlo da sua política monetária, o certo é que “na Grécia e na Irlanda, o veredicto dos mercados reflectiu profundos problemas económicos, facilmente identificáveis”, diz Fishman, realçando que “a crise em Portugal é completamente diferente”.

Em Portugal, defende o académico, “não houve uma genuína crise subjacente. As instituições económicas e as políticas em Portugal, que alguns analistas financeiros encaram como irremediavelmente deficientes, tinham alcançado êxitos notáveis antes de esta nação ibérica, com uma população de 10 milhões de pessoas, ser sujeita a sucessivas vagas de ataques por parte dos operadores dos mercados de obrigações”.

“O contágio de mercado e os cortes de ‘rating’ , que começaram quando a magnitude das dificuldades da Grécia veio à superfície em inícios de 2010, transformou-se numa profecia que se cumpriu por si própria: ao elevarem os custos de financiamento de Portugal para níveis insustentáveis, as agências de ‘rating’ obrigaram o País a pedir ajuda externa. O resgate confere poderes, àqueles que vão “salvar” Portugal, para avançarem com medidas de austeridade impopulares”, opina Robert Fishman.

“A crise não resulta da actuação de Portugal. A sua dívida acumulada está bem abaixo do nível de outros países, como a Itália, que não foram sujeitos a avaliações [de ‘rating’] tão devastadoras. O seu défice orçamental é inferior ao de vários outros países europeus e tem estado a diminuir rapidamente, na sequência dos esforços governamentais nesse sentido”, refere o professor, que fala ainda sobre o facto de Portugal ter registado, no primeiro trimestre de 2010, uma das melhores taxas de retoma económica da UE.

Em inúmeros indicadores – como as encomendas à indústria, inovação empresarial, taxa de sucesso da escolaridade secundária e crescimento das exportações -, Portugal igualou ou superou os seus vizinhos do Sul e mesmo do Ocidente da Europa, destaca o sociólogo.

Porquê os "downgrades?"

“Então, por que motivo é que a dívida soberana portuguesa foi cortada e a sua economia levada para a beira do precipício?”, questiona-se Fishman.
Na sua opinião, há duas explicações possíveis. Uma prende-se com o cepticismo ideológico do modelo económico misto de Portugal, com o apoio aos empréstimos concedidos às pequenas empresas, de par com umas quantas grandes empresas públicas e um forte Estado Providência, explica.

A outra explicação está na “inexistência de perspectiva histórica”. Segundo Fishman, os padrões de vida dos portugueses aumentaram bastante nos 25 anos que se seguiram à Revolução dos Cravos, em Abril de 1974, tendo havido na década de 90 um acelerado aumento da produtividade laboral, do investimento de capital por parte das empresas privadas, com a ajuda do governo, e um aumento dos gastos sociais. No final do século, Portugal tinha uma das mais baixas taxas de desemprego da Europa, sublinha também o professor.

Mas, realça, o optimismo dos anos 90 deu origem a desequilíbrios económicos e a gastos excessivos. “Os cépticos em torno da saúde económica de Portugal salientam a sua relativa estagnação entre 2000 e 2006. Ainda assim, no início da crise financeira mundial, em 2007, a economia estava de novo a crescer e o desemprego a cair. A recessão acabou com essa recuperação, mas o crescimento retomou no segundo trimestre de 2009”, refere.

Assim, no seu entender, “não há que culpar a política interna de Portugal. O primeiro-ministro José Sócrates e o PS tomaram iniciativas no sentido de reduzir o défice, ao mesmo tempo que promoveram a competitividade e mantiveram a despesa social; a oposição insistiu que podia fazer melhor e obrigou à demissão de Sócrates, criando condições para a realização de eleições em Junho. Mas isto é política normal, não um sinal de confusão ou de incompetência, como alguns críticos de Portugal têm referido”.

Europa poderia ter evitado o resgate

E poderia a Europa ter evitado este resgate?, questiona-se. Na sua opinião, sim. “O BCE poderia ter comprado dívida pública portuguesa de forma mais agressiva e ter afastado a mais recente onda de pânico”.

Além disso, Fishman afirma que é também essencial que a UE e os EUA regulem o processo utilizado pelas agências de “rating” para avaliarem a qualidade da dívida de um país. “Ao distorcerem as percepções do mercado sobre a estabilidade de Portugal, as agências de notação financeira – cujo papel na aceleração da crise das hipotecas ‘subprime’ nos EUA foi extensamente documentado – minaram a sua retoma económica e a sua liberdade política”, acusa o académico.

“No destino de Portugal reside uma clara advertência a outros países, incluindo os Estados Unidos. A revolução de 1974 em Portugal inaugurou uma vaga de democratização que inundou o mundo inteiro. É bem possível que 2011 marque o início de uma vaga invasiva nas democracias, por parte dos mercados não regulados, sendo Espanha, Itália ou Bélgica as próximas vítimas potenciais”, conclui Fishman, relembrando que os EUA não gostariam de ver no seu território o tipo de interferência a que Portugal está agora sujeito – “tal como a Irlanda e a Grécia, se bem que estes dois países tenham mais responsabilidades no destino que lhes coube”.

Quem Trabalha Mais Horas? Dados da OCDE

Trabalho não Remunerado em Portugal: 53% do PIB. E esta? Hem?

Qui sont les champions du travail non rémunéré

 Guillaume Novello - publié le 13/04/2011 à 11:13

L'OCDE vient de publier une étude internationale sur le poids économique des tâches domestiques (cuisine, ménage, bricolage, éducation de enfants..) et les différences entre les pays. Quelques chiffres à retenir.


La valeur du travail non rémunéré équivaut à 53% du PIB au Portugal.
REUTERS/Nacho Doce

Saviez-vous qu'au sein des pays de l'OCDE, un individu consacre en moyenne près de 24 heures de sa semaine au travail non-rémunéré ? C'est ce qui ressort d'une étude de l'OCDE qui s'intéresse, entre autres, à celui-ci. Elle le définit comme l'ensemble des tâches domestiques (cuisine, ménage, bricolage, éducation des enfants) qui pourraient être exercées par autrui moyennant salaire. Petit inventaire des chiffres marquants de cette étude.
3h25 de travail non rémunéré par jour C'est la moyenne journalière parmi les 29 pays étudiés. Mais cela peut aller d'environ 2 heures pour un Japonais à plus de 4h30 pour un Mexicain.
Un valeur équivalente à 53% du PIB au Portugal C'est la plus haute valeur parmi les pays étudiés, à comparer à la plus basse : 19% du PIB en Corée du Sud. En France, ce type de travail équivaut à un tiers du PIB, soit à peu près autant qu'au Royaume-Uni. Pour effectuer ce calcul, l'OCDE multiplie le nombre d'heures de travail non rémunéré par le salaire horaire moyen (ou un équivalent).
Les Français ne sont pas les rois de la cuisine Avec 48 minutes par jour consacrées à la cuisine, les Français arrivent juste en dessous de la moyenne de l'OCDE. Soit au même niveau que les Britanniques ou les Allemands, mais 12 minutes de moins que les Italiens ou les Espagnols. C'est aux Etats-Unis que le temps consacré à la cuisine est le plus faible (30 minutes) et en Turquie où il est le plus élevé (74 minutes)
Peu de temps pour soigner les adultes 4 minutes par jour, c'est le temps consacré par jour par un Français au soin des adultes dans son foyer, qu'ils soient âgés, sains, malades ou handicapés. Les Polonais, eux, n'offrent qu'une minute par jour aux majeurs contre 12 minutes pour les Norvégiens.
Les femmes travaillent 2h30 de plus que les hommesC'est en moyenne la différence journalière entre le travail non-rémunéré des hommes et celui des femmes. C'est vrai même chez les Danois dont les hommes consacrent pourtant le plus de temps au sein de l'OCDE au travail non-rémunéré, soit un peu moins de trois heures. Mais ils en font cependant moins que les Norvégiennes, dont le temps de travail non-rémunéré est de presque 4 heures. Soit le plus faible parmi les femmes de l'OCDE.
 
Les femmes consacrent deux foix plus de temps aux enfants Toujours en comparaison avec les hommes. Sans compter que ces derniers s'occupent généralement des tâches les moins ingrates. 41% du temps que les pères consacrent à leurs enfants est lié à des activités récréatives et éducatives contre seulement 27% pour les femmes. Au contraire, 60% du temps de ces dernières est dédié au soin et à la surveillance des enfants.

terça-feira, 12 de abril de 2011

A Roleta Russa

Como os mercados tramaram Portugal e o Governo ficou “a ver navios”

Luís Leitão  
12/04/11 00:05
Por ordem do Eurostat, Teixeira dos Santos teve que rever em alta o défice orçamental do ano passado de 6,8% para 8,6%.
Por ordem do Eurostat, Teixeira dos Santos teve que rever em alta o défice orçamental do ano passado de 6,8% para 8,6%.


A ‘yield’ das obrigações do Tesouro não para de subir mas isso não significa que haja investidores a negociar dívida nacional.

De acordo com os dados avançados pela comunicação social, a ‘yield' dos títulos de dívida nacional têm estado a bater novos máximos a um ritmo quase diário. Porém, isso não é, por si só, uma garantia de que haja investidores a comprarem e a venderem obrigações e bilhetes do Tesouro. Pelo contrário. A verdade é que o preço das obrigações e a respectiva ‘yield' apresentada nas plataformas de negociação profissional se tratam de valores meramente teóricos colocados por alguém num ecrã da Bloomberg ou da Reuters e para o qual não existe uma verdadeira lógica de mercado.
Isto sucede porque, ao contrário das acções - que são transaccionadas num mercado regulamentado - como uma bolsa de valores, onde o seu preço é formado pela lei da procura e da oferta, os títulos de dívida não. De acordo com algumas estatísticas, mais de 95% das obrigações são transaccionadas fora de bolsa num mercado secundário pouco transparente, denominado de mercado ‘over the counter' (OTC), caracterizado por conter preços de compra (‘bid') e preços de venda (‘ask') mas por não existir preços de fecho que oficializem a concretização de um negócio (‘last'). Na prática, significa que o preço médio dos títulos não é determinado pelos negócios concretizados mas por intenções dos compradores e vendedores. Neste sentido, é perfeitamente plausível desconfiar que, até à data, nenhum investidor comprou obrigações do Tesouro a 5 e a 10 anos acima de 8%, apesar de a Bloomberg avançar que estes títulos estão a cotar com uma ‘yield' média de 10% e 8,7%, respectivamente.
Esta realidade é ainda mais evidente quando se olha para o diferencial de preços de compra e de venda das obrigações nacionais que, de momento, apresentam um dos ‘spreads' mais elevados entre os vários títulos de dívida europeus.
Para se ter uma ideia do absurdo da situação, tenha-se em consideração o diferencial entre preço de compra e de venda dos bilhetes do Tesouro a 6 e 12 meses que, actualmente, é de quase 340 pontos base, quando os congéneres alemães apresentam um ‘spread' inferior a 5 pontos base e os italianos de 2 pontos base. Isto significa que o mercado está disposto a vender bilhetes do Tesouro a 12 meses, por exemplo, a um preço médio de 95,84 (que corresponde uma ‘yield' de 4,529%) e a comprar a um preço de 92,95 (que corresponde uma ‘yield' de 7,921%). Uma exorbitância sem qualquer lógica. O grave da situação é que cada vez que Portugal vai ao mercado para emitir dívida, como sucedeu na quarta-feira com a realização de dois leilões de bilhetes do Tesouro a 6 e 12 meses, são estes os valores de referência dos leilões. E é neste mercado verdadeiramente nebuloso que Portugal e o IGCP, a entidade responsável pela gestão da dívida e da tesouraria do Estado, têm que movimentar-se para salvaguardar o financiamento da República.

Mas quem paga o mal dos mercados são sempre os mesmos

No mundo dos mercados financeiros não há nem bons, nem maus, nem vilões, como alguns responsáveis políticos apregoam diariamente na televisão, numa espécie de ‘remake' da mítica película de ‘western' de Sergio Leone, datada de 1966. Sobretudo porque, no caso do drama das contas públicas lusitanas, "só é cego quem não quer ver", porque os mercados têm pressionado os títulos de dívida nacional nos últimos tempos. E o pior é que os danos colaterais desta política desnorteada e de todo o mal dos mercados são pagos pela parte mais fraca da equação, as famílias. Foi isso que sucedeu a 30 de Março, quando o IGCP anunciou que não haveria qualquer alteração da taxa de remuneração dos certificados do Tesouro subscritos em Abril, por considerar que "os mercados de BT e OT não estão a funcionar de modo eficiente (mercado disfuncional) " e "que os preços no mercado das BT e OT divulgados nas plataformas electrónicas não correspondem à realização efectiva de transacções."
Na prática, o Governo decidiu mudar as regras destes produtos de poupança desenhados em Julho para as famílias a meio do jogo, quando isso passou a ser inconveniente para os cofres do Estado, ainda que não tocando nas rendibilidades já contratadas. Porém, nada aconteceu junto dos investidores internacionais pois, até agora, ainda não houve qualquer indicação por parte dos governantes no sentido de haver lugar a uma reestruturação da dívida nacional que visasse uma de três situações: a extensão do período de pagamento da dívida, a redução ou suspensão do pagamento dos juros, ou mesmo a redenominação do valor do empréstimo - em que os credores em vez de receberem 100% do empréstimo concedido, passam a receber, por exemplo, 70%.
Trata-se assim de situação clara de "um peso, duas medidas", um termo popular celebrado por Sócrates, não do primeiro-ministro do actual Governo em demissão mas do popular filósofo grego.

Grande Negócio

Duarte Lima adquiriu offshore usada por Oliveira Costa


Em mais uma sessão do julgamento do caso BPN, o inspector tributário Paulo Jorge Silva, que participou na investigação, voltou a explicar detalhadamente os negócios que José Oliveira Costa alegadamente fez com ele próprio, através de offshores, para obter mais valias e a liquidez necessária para realizar aumento de capital da SLN em 2000, passando a ser um dos maiores accionistas daquele grupo ligado ao BPN. O inspector das Finanças vincou que, no ano 2000, o arguido José Oliveira Costa só tinha em carteira e na sua conta 751 mil acções, mas que em Dezembro desse ano verifica-se um aumento de capital da SLN e que, através da instrumentalização de diversas offshores do grupo, vai conseguir comprar 29 milhões de acções da SLN a um euro por acção.

De acordo com a testemunha, Oliveira Costa consegue vender à EMKA 750 mil acções a 2,10 euros cada (havia comprado a um euro), sendo que na sua conta entram ainda 213 mil contos de uma transacção feita com a offshore Invesco. Segundo a testemunha, o maior negócio do ex-presidente do BPN resulta da compra das 29 milhões de acções do grupo SLN, as quais são dividadas em dois lotes: um lote de 7,250 milhões de acções que paga à cabeça e das restantes 21,750 milhões de acções só tem de pagar 30 por cento à cabeça, pois o restante só será pago volvidos seis meses. Entretanto, explicou a testemunha, Oliveira Costa vendeu as 7,250 milhões de acções à offshore Zémio, do grupo SLN, por 2,20 euros a acção, o que lhe permite lucrar cerca de oito milhões de euros.

Muitas das transacções envolvendo somas avultadas, de acordo com a testemunha, foram possíveis através da utilização da offshore Venice, que fazia operações a descoberto, num movimento contabilístico que visava escapar ao controlo das entidades supervisoras. Quanto à posterior aquisição da ofsshore EMKA ao grupo SLN por Domingos Duarte Lima, fonte ligada ao processo adiantou que o ex-dirigente do PSD terá pago cerca de 600 mil contos, explicando que com esta compra Duarte Lima passou a ser accionista da SLN SGPS através das cerca de 1,3 milhões de acções detidas pela EMKA. É através da demonstração dos artificialismos financeiros e contabilísticos alegadamente utilizados por Oliveira Costa que a acusação pretende provar a prática de crimes de burla qualificada e abuso de confiança por parte do antigo secretário de Estado dos Assuntos Fiscais do Governo de Cavaco Silva.

José Oliveira Costa está ser julgado por burla qualificada, branqueamento de capitais, fraude fiscal qualificada e aquisição ilícita de ações. Outras 14 pessoas ligadas ao universo SLN, como Luís Caprichoso, Ricardo Oliveira e José Vaz Mascarenhas, e a empresa Labicer estão também acusadas por crimes económicos graves. Desde que o Banco Português de Negócios (BPN) foi nacionalizado, a Caixa Geral de Depósitos (CGD) já injectou cerca de 5 mil milhões de euros no banco fundado por Oliveira Costa, em assistências de liquidez, enquanto o 'buraco financeiro' deixado nesta instituição é estimado pelas autoridades em 2 mil milhões de euros. O BPN era detido pela Sociedade Lusa de Negócios até à nacionalização do banco.
publicado a 2011-04-11 às 20:31

Luz e Oxigénio

segunda-feira, 11 de abril de 2011

E Assim Vai a Vida...



Fernando Nobre vai encerrar página do Facebook
Inserido em 11-04-2011 17:57

Muitas pessoas têm criticado o facto do médico ter decidido entrar na política activa.

O médico Fernando Nobre vai encerrar a sua página no Facebook depois do seu mural ter sido invadido por comentários de crítica ao facto de ter aceite ser cabeça de lista do PSD em Lisboa.
A informação está a ser avançada pelo jornal “Expresso” que cita Artur Pereira, ex-director de campanha de Fernando Nobre.
Artur Pereira acrescenta que Nobre não queria fechar a página, mas terá acabado por ceder aos seus apoiantes mais próximos.
Desde que ontem o antigo candidato presidencial anunciou que ia liderar a lista social-democrata de deputados na capital, muitos “amigos” de Fernando Nobre nesta rede social criticaram a sua decisão.
Fernando Nobre apoiou o Bloco de Esquerda nas Europeias e António Costa nas Autárquicas. Agora vai estar com o PSD nas Legislativas por Lisboa e candidato a presidente da Assembleia da República.

Um Fósforo Aceso na Negritude da Noite


Não vale a pena reclamar contra a escuridão da noite. É da sua natureza ser escura. Mais vale acender um fósforo, do que clamar contra a negritude da noite.
Um grupo de economistas portugueses tomou a inciativa de denunciar eventuais conflitos de interesses das empresas de "rating". É que essas empresas também são empresas, também jogam no mercado, fazem também parte integrante deste enorme casino em que se joga à roleta russa com a vida fos outros. Os accionistas dessas empresas de "rating" são também accionistas de fundos que compram dívidas soberanas um pouco por todo o mundo.
Finalmente, um primeiro fósforo foi aceso.
Podemos, então, alimentar alguma esperança: acenda-se só mais um fósforo e teremos de usar óculos de sol para enfrentar a luz nesta noite escura. Será mesmo peciso tomar cuidado para não ficarmos cegos com a clareza das coisas.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Os Ditadorzercos não me Enganam: Sempre Foram Submissos e Medíocres

Os Ditadorzercos não me Enganam: Sempre Foram Submissos e Medíocres

Economistas, políticos, etc. que defendem a suspensão da democracia, por via da
intervenção do FMI, são de facto muito pouco capazes de ter uma visão ampla dos problemas e do seu mundo. Olham para tudo com palas nos olhos.

O seu argumento, o melhor de todos, é o de que as pressões dos credores são um dado, não um problema. Por isso, não há que discutir mais sobre o assunto, mas aceitar essas pressões, porque não adianta enunciar um problema que não somos capazes de resolver.

Ainda há quem fale numa geração rasca, referindo-se à juventude formada pelas nossas escolas. Na verdade, não faz mais essa juventude do que aprender (muito bem) com estes garbosos comentadores que quotidianamente intoxicam os nossos meios de comunicação.

Alguns deles parecem-me senis, outros estão claramente num mundo em que é mais importante as contas que fazem do que a realidade. São platónicos mal amanhados, cheios de escamas e com cheiro a fora do prazo.

Alegremente saúdam o retorno à época em que os Estados, porque não eram competentes, se subordinavam aos mercados. A competência agora é assumir essa subordinação como inevitável, isto é, voltar ao século XIX e aos princípios do século XX.

Vivemos, com efeito, um momento de crise muito complexa, mas o mais preocupante é a forma como se dá insistentemente voz a pessoas sem imaginação, sem criatividade, sem vontade de olhar para a complexidade, com uma tendência mórbida para a desgraça e para o mais abjecto conformismo, renomeado de realismo ou, pior, muito pior ainda, de competência.

Valha-nos o Reitor celeste da Universidade, muito terrestre, em que alguns leccionam.

Portugal bail-out: EU aims for mid-May completion

Portugal bail-out: EU aims for mid-May completion

The European Union is aiming to have sorted out a bail-out for Portugal by the middle of May.
It will mean the deal on introducing new austerity measures will have to be made before the 5 June elections.
In an announcement at an EU finance ministers' meeting in Hungary, Commissioner Olli Rehn said they would have to reach cross-party agreement.
He added that he expected the bail-out package to be in the magnitude of 80bn euros ($115bn; £70bn).
He also said that he was confident that Portugal could refinance its own debt until a deal could be completed.
The formal request for financial assistance was made by Portugal at 2200 CET (2000 GMT) on Thursday.
 
Ambitious programme
Commissioner Rehn said that the austerity measures that were defeated in the Portuguese parliament would be a starting-point for the reforms that would need to be made to secure the assistance package.
He also said that there would have to be an "ambitious privatisation programme" to reduce debt.
Jose Socrates' government fell because he could get the measures passed.
The BBC's business editor Robert Peston understands that the bail-out will be made on a similar basis to that of the Irish Republic, one third of which is coming from EU funds which the UK will contribute to, one third from the eurozone and one third from the International Monetary Fund.
Also at the finance ministers' meeting, Spain's finance minister has continued to stress that her country will not need bailing out.
Elena Salgado said that "of course" Portugal would be the last eurozone country that needed a debt bail-out and added that Spain applying for one was out of the question.
An early step in the negotiations on a bail-out will be for the European Commission, the European Central Bank (ECB) and the International Monetary Fund (IMF) to send a joint mission to Portugal.
EU rules require such a mission to be sent to a country asking for financial aid, to establish the details of the help needed.
Portugal's cost of borrowing has risen sharply since the minority socialist government resigned last month after its proposed tougher austerity measures were defeated in parliament.
 
Different problems

The ECB said on Thursday that it had encouraged Portugal to seek financial aid.
Portugal's problems have been different from those of Greece and the Irish Republic, the other countries that have needed bailing out.
Weak economic growth and low productivity have meant that the country has struggled to raise enough money through taxation to pay for government spending.
When the banking crisis came, it found itself dealing with the same rising costs of debt that other countries had to deal with, and has finally had to concede that it cannot raise the money it needs through financial markets.
The Republic of Ireland on the other hand, had a much more severe banking crisis, largely as a result of a property bubble that burst.
Greece went on a debt-fuelled spending spree while failing to sort out the public finances to fund it.

Ciclo de Conferências "coisas e causas públicas" - 6ª sessão "Os media e a comunicação política na sociedade digital"

Ciclo de Conferências - coisas e causas públicas
6ª sessão - 13 de Abril 2011 | 18h00
Sala do Departamento de Filosofia | FLUP

 

O Grupo de Investigação Philosophy and Public Space do Instituto de Filosofia da FLUP tem o prazer de convidar V. Exa. para a 6ª Sessão do Ciclo de Conferências "coisas e causas públicas", que contará com a palestra intitulada "Os media e a comunicação política na sociedade digital", proferida pelo Prof. Doutor Rui Novais (Faculdade de Letras da Universidade do Porto). 


A sessão decorrerá no dia 13 de Abril de 2011, pelas 18h00, na Sala do Departamento de Filosofia (Torre B - Piso 1), na Faculdade de Letras da Universidade do Porto.

[Entrada livre]

 

Com os melhores cumprimentos,
Paula Cristina Pereira

 

____________________________________________
Instituto de Filosofia
Faculdade de Letras da Universidade do Porto
Via Panorâmica s/n
4150-564 Porto
Tel. 22 607 71 80
E-mail:
ifilosofia2@letras.up.pt
http://web2.letras.up.pt/ifilosofia


Yael Naim 3 (simplesmente fabuloso)

Yael Naim 2 (simplesmente fabuloso)

Yael Naim 1 (simplesmente fabuloso)

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Requisição de Professores

Requisição de Professores

Cristina Branco 2

Cristina Branco

Fredrika Stahl 2

Fredrika Stahl

Le plan d'aide au Portugal pourrait être de l'ordre de 75 milliards d'euros

Le plan d'aide au Portugal pourrait être de l'ordre de 75 milliards d'euros

LEMONDE pour Le Monde.fr | 07.04.11 | 13h12  •  Mis à jour le 07.04.11 | 18h39
Bruxelles, bureau européen -
L'aide financière au Portugal devrait être activée avant les prochaines élections législatives dans ce pays, le 5 juin prochain. Sur fond de crise politique et budgétaire à Lisbonne, les préparatifs doivent "aller vite" au niveau européen, selon un haut responsable bruxellois. José Socrates, le premier ministre portugais, s'est résolu, mercredi 6 avril au soir, à demander une assistance extérieure, après avoir longtemps refusé d'aller en ce sens, entre autres pour ne pas avoir à passer sous les fourches caudines du Fonds monétaire international (FMI).
Sa requête à peine connue, la Commission européenne s'est dite "prête" à agir, tout comme le FMI, qui n'a pourtant pas encore été officiellement sollicité. Le plan d'aide pourrait être de l'ordre de 75 milliards d'euros, mais son montant dépendra, in fine, des conclusions d'une mission d'évaluation qui devrait être dépêchée à Lisbonne dans les prochains jours.
En prélude, les ministres des finances de la zone euro espèrent clarifier les contours de l'aide financière sollicitée par le Portugal, vendredi 8 avril. John Lipsky, le numéro deux du FMI, participera à une partie des travaux. La réunion est prévue de longue date près de Budapest, et tombe à pic pour gérer ce nouvel épisode de la crise des dettes souveraines qui ébranle la zone euro depuis plus d'un an.
"Il faut voir quelle est la portée de la demande portugaise, et si elle correspond à ce qui est nécessaire", dit un haut fonctionnaire bruxellois. "Un détail très important concerne l'implication du FMI : elle est indispensable, tout comme la mise en œuvre d'un programme d'ajustement", renchérit un expert. Ce dernier espère que le Portugal précisera au plus vite ses intentions. Et prévoit, dans le cas contraire, que ses dirigeants seront sous forte pression de leurs voisins européens pour accepter un plan d'aide semblable à celui activé en novembre 2010 pour l'Irlande, en association avec le FMI, pour un montant total de 85 milliards d'euros.

INTERVENTION DU FMI

En principe, les deux fonds mis en place au printemps en Europe ont assez de moyens pour voler seuls au secours d'un pays de la taille du Portugal. Mais une intervention conjointe du FMI, à hauteur d'un tiers du total engagé, est prévue en cas de plan d'aide au sein de la zone euro.
C'était l'une des conditions posées par Angela Merkel avant d'accepter, dans l'urgence, en mai dernier, de mettre en place les instruments européens de gestion des crises. Il est peu vraisemblable que la chancelière allemande accepte de faire une exception à la règle en faveur du Portugal, qui a, selon les responsables de la zone euro, déjà beaucoup tardé avant de faire appel à l'aide internationale.
Enfin, les Européens espèrent que l'opposition de centre-droit et le gouvernement socialiste démissionnaire pourront s'entendre sur les modalités du plan d'ajustement qu'ils exigent, avec le FMI, en contrepartie de toute aide. Il s'agit d'être sûr que ce programme sera appliqué quelque soit l'issue du scrutin du 5 juin. Les prochaines élections ont été convoquées en raison de la chute du gouvernement minoritaire de M. Socrates, après le rejet, par l'opposition, d'un plan drastique d'assainissement et de réforme, le 23 mars.
A ce jour, le premier ministre sortant est donné battu par son rival de centre-droit, Pedro Passos Coelho. Ce dernier est favorable au plan d'aide. "Jusqu'à l'élection d'un gouvernement suffisamment fort et crédible pour négocier une aide plus complète, à moyen et long terme, il est indispensable que le gouvernement en fonction puisse négocier un cadre minimum d'aide ", a-t-il indiqué, mercredi 6 avril, après la demande de M. Socrates.
Philippe Ricard

Fitch évalue l'aide nécessaire à 60 milliards d'euros

L'agence de notation Fitch Ratings estime à quelque 60 milliards d'euros les besoins de financement jusqu'en 2013 du Portugal, dont les autorités viennent officiellement de demander l'aide des Européens pour faire face aux prochaines échéances financières. Cette demande va "aider à atténuer les risques à court terme sur la stabilité économique et financière" du Portugal, estime l'agence de notation, l'une des trois principales dans le monde.
Une fois un programme d'aide décidé par l'Union européenne et le Fonds monétaire international (FMI), Fitch prendra une décision, "peu de temps après" pour revoir sa notation du pays. L'agence avait rétrogradé de trois crans au début du mois la note souveraine du Portugal à "BBB-", dernier palier avant la catégorie "spéculative", estimant alors peu probable que le pays bénéficie d'une aide extérieure avant les élections législatives anticipées. (AFP)

Portugal : «Les politiques sont irresponsables»

Portugal : «Les politiques sont irresponsables»

Par Guillaume Guichard
25/03/2011 | Mise à jour : 18:16 

INTERVIEW - Lisbonne aggrave la crise de la dette européenne en refusant toute aide financière d'urgence. João Sousa Andrade, professeur d'économie à l'Université de Coimbra, décrypte les enjeux de pouvoir derrière le blocage politique actuel.

Lefigaro.fr - Pourquoi le Portugal refuse-t-il toute aide européenne et se trouve dans l'impasse?

João Sousa Andrade - Cette crise purement politique montre toute l'irresponsabilité des hommes politiques portugais. Bien qu'il soit d'accord sur le fond, le parti social-démocrate, dans l'opposition, a refusé mercredi soir le plan de rigueur proposé par le gouvernement socialiste. Sans qu'il y soit obligé, ce dernier s'était présenté devant le Parlement en sachant qu'il était en minorité et qu'il devrait donc démissionner.
Les deux partis ont consciemment provoqué un blocage. Ils ont dans l'idée de provoquer des élections anticipées d'ici fin mai parce qu'ils pensent tous les deux les gagner. Et ils veulent aller devant les électeurs en leur disant que la responsabilité de la crise actuelle appartient à l'autre…

Le Portugal peut-il tenir sans l'aide européenne?

L'État doit trouver 4,5 milliards d'euros en avril puis 5 milliards en juin pour financer la dette. En temps normal, cela ne pose pas de problème. Mais à cause de la crise de confiance, les taux d'intérêt ont atteint des records, à plus de 8% pour des emprunts à 5 ans. Insoutenable pour les finances publiques. Pour éviter d'emprunter auprès des investisseurs à ces taux exorbitants, le gouvernement envisage de demander des prêts directement aux banques.
Ce n'est toutefois qu'une solution de court terme. Le Portugal doit trouver 39 milliards d'euros cette année, dont 32 milliards pour financer la dette. C'est énorme! Avec une inflation de 2% et une croissance probablement nulle en 2010, le pays ne peut pas s'en sortir.

Comment voyez-vous l'avenir?

D'après moi, Lisbonne fera appel à l'aide conjointe de l'Union européenne et du Fonds monétaire international (FMI) d'ici les prochaines semaines. Nous avons déjà eu affaire avec le FMI par le passé, en 1977 et en 1983. À l'époque, nous n'avions pas respecté les critères de l'institution internationale mais les objectifs avaient tout de même été atteints grâce à la reprise de l'économie mondiale.
Aujourd'hui, je ne crois pas que notre gouvernement, quel qu'il soit, ne veuille vraiment réduire les dépenses de l'État. Et ce, même si le système éducatif a été rationalisé et que l'âge de départ à la retraite sera repoussé à 65 ans d'ici 2013. Comme il y a 30 ans, nous ne nous en sortirons que si l'économie internationale repart.

L’UE veille son patient portugais

25/03/2011 à 00h00

L’UE veille son patient portugais

Analyse

Lisbonne, qui n’a pas su faire adopter son plan d’austérité, risque de devoir être placé sous perfusion par les Vingt-Sept.
 
Par JEAN QUATREMER BRUXELLES (UE), de notre correspondant

Le Portugal a mis les pieds dans le plat des chefs d’Etat et de gouvernement de l’Union européenne. Réunis depuis hier soir à Bruxelles afin d’apporter une réponse systémique à la crise de la zone euro, ils sont une nouvelle fois rattrapés par l’urgence : José Sócrates, le Premier ministre portugais, qui lutte depuis plusieurs mois pour éviter d’appeler à l’aide ses partenaires de la zone euro, a perdu son combat. Il a dû présenter sa démission mercredi soir, la droite et l’extrême gauche, majoritaire au Parlement, ayant refusé de voter le 4e plan d’austérité en un an destiné à endiguer le déficit et la dette publics. Cette crise politique devrait contraindre Lisbonne à avoir recours, à plus ou moins brève échéance, au Fond européen de stabilité financière (FESF) et au FMI. La défiance des marchés s’avère désormais totale et les taux d’intérêt qu’ils réclament absorbent les efforts lusitaniens.

Crainte.
Après la Grèce, en mai 2010, et l’Irlande, en novembre, c’est un troisième maillon faible qui risque d’être obligé de se placer sous le parapluie européen. Cette perspective n’enchante ni Berlin, ni Paris, ni la Commission, qui voulaient éviter que Lisbonne sollicite l’aide européenne. Leur crainte : un effet de contagion à l’Espagne, dont la chute pourrait avoir raison de l’euro. Voilà pourquoi les capitales européennes, notamment Berlin, faisaient pression sur Lisbonne pour qu’elle adopte un plan de rigueur de grande ampleur, et réussisse à convaincre que la situation n’est pas désespérée. D’où le plan négocié, le 11 mars, avec la Banque centrale européenne et la Commission. Mais c’était compter sans l’opposition qui voulait la peau de José Sócrates depuis longtemps.

Cet échec fait donc renaître le spectre de la contagion, même si la zone euro a tout mis en œuvre pour distinguer les situations portugaise et espagnole. José Sócrates va devoir s’employer à rassurer ses partenaires, qui vont eux-mêmes chercher à rassurer les marchés en adoptant définitivement des mécanismes destinés à la fois à empêcher que de telles crises se reproduisent et, dans l’immédiat, à donner à la zone euro les moyens d’y faire face.

À l’écart.
C’est tout l’enjeu de ce sommet à Vingt-Sept qui, sauf surprise, devrait entériner la véritable révolution à laquelle sont parvenus les 17 membres de la zone euro lors de leur sommet du 11 mars et de celui l’Eurogroupe qui a suivi. Ils ont notamment instauré une solidarité financière entre les dix-sept : le FESF va se transformer en Mécanisme européen de stabilité (MES), doté d’une capacité effective de prêts de 500 milliards d’euros à partir de juin 2013. Surtout, en l’autorisant à acheter directement de la dette publique auprès des Etats en difficultés, la zone euro a accepté de mutualiser une partie de la dette publique des Etats. Reste une question à laquelle personne ne veut répondre : pendant combien de temps faudra-t-il maintenir à l’écart des marchés les pays bénéficiant du MES ? Trois ans ? Personne n’y croit, vu l’ampleur des réformes à effectuer. Dix ans ? C’est plus probable…
Le second volet de cette réponse systémique est d’obliger les pays à faire converger leurs économies. Un vrai gouvernement économique de la zone euro est donc créé. Il sera assuré conjointement par la Commission et le conseil des chefs d’Etat de la zone euro. Le Pacte de stabilité, qui va être sérieusement renforcé, contraindra les Etats à respecter la discipline budgétaire. En outre, un pacte pour l’euro, définitivement adopté aujourd’hui, instaurera une politique économique commune destinée à interdire les divergences de compétitivité entre les dix-sept. Ainsi, en dix ans, il est devenu trois fois plus cher de fabriquer un grille-pain en Grèce qu’en Allemagne…

Cronologia: como Portugal chegou ao pedido de resgate

Cronologia: como Portugal chegou ao pedido de resgate

06.04.2011 - 21:47 Por Lusa

Cronologia dos principais acontecimentos económicos e políticos entre a tomada de posse do Presidente da República e o anúncio do recurso a ajuda financeira externa.

09 Mar - O Presidente da República, Cavaco Silva, toma posse para um segundo mandato e afirma que “há limites para os sacrifícios que se podem exigir ao comum dos cidadãos”.

11 Mar - Governo apresenta um novo pacote de medidas de austeridade para este ano, 2012 e 2013, entre as quais congelamentos e cortes nas pensões e a revisão e limitação dos benefícios e deduções fiscais, em sede de IRS e IRC.

11 Mar - Governo afirma que o PSD é “imprescindível” para a concretização das novas medidas do Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC).

12 Mar - O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, anuncia que as novas medidas não contarão com o voto dos sociais-democratas.

13 Mar - O presidente do CDS-PP, Paulo Portas, advertiu que se o Governo não apresentar um projecto de resolução no Parlamento sobre o novo PEC, o seu partido toMará a iniciativa.

14 Mar - O primeiro-ministro anuncia que o Governo apresentará uma resolução sobre o PEC, advertindo que a oposição é “livre” para provocar uma crise política. Sócrates diz também que está disponível para negociar as novas medidas.

15 Mar - José Sócrates adverte que se o Parlamento aprovar uma moção contra as novas medidas de austeridade, isso significa a abertura de uma crise política com consequências “terríveis” para Portugal. Anuncia também que se recandidatará ao cargo caso haja eleições antecipadas.

16 Mar - Teixeira dos Santos diz que a inviabilização das medidas de austeridade anunciadas é “empurrar o país para a ajuda externa”.

17 Mar - O primeiro-ministro considera que a crise política é evitável e reitera estar disponível para negociar todas as medidas. No mesmo dia, o PS decide não apresentar uma resolução de apoio às medidas.

19 Mar - O primeiro-ministro revela que não está disponível para governar com a ajuda do Fundo Monetário Internacional (FMI) e reafirma que Portugal não precisa de ajuda externa.

20 Mar - PSD reitera que votará contra o novo PEC “em quaisquer circunstâncias”.

21 Mar - O ministro dos Assuntos Parlamentares afirma que “não pode ser afastado” o cenário da demissão do Governo na sequência de um chumbo do PEC IV na Assembleia da República.

23 Mar - O Parlamento aprova cinco resoluções de rejeição do PEC incluídas em projetos do PSD, CDS-PP, PCP, BE e Verdes.

23 Mar - A Presidência da República anuncia que o primeiro-ministro apresentou o pedido de demissão ao Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva.

23 Mar - Numa comunicação ao país, José Sócrates afirma que a crise política só pode ser resolvida pela decisão soberana dos portugueses e lamenta que tenha sido “o único” a apelar ao sentido de responsabilidade para que se evitasse uma crise.

24 Mar - O presidente do Eurogrupo, Jean-Claude Juncker, considera “apropriado” um resgate a Portugal no valor de 75 mil milhões de euros.

24 Mar - O ministro da Presidência afirma que, apesar da crise política, o Governo continua a considerar evitável o recurso de Portugal à ajuda externa.

25 Mar - O primeiro-ministro assegura em Bruxelas que Portugal não precisa de ajuda externa para financiar a dívida pública.

25 Mar - Jerónimo de Sousa recusa dar “aval” a um pedido de ajuda externa, considerando que se trata de “uma ameaça” que condicionaria a “soberania”, a “economia” e os “direitos sociais”.

27 Mar - Sócrates acusa o PSD de já se ter rendido ao FMI e de pretender de forma “disfarçada” impor a sua agenda “liberal” através da intervenção daquela instituição.

31 Mar - O Presidente da República anuncia a Marcação de eleições legislativas antecipadas para 5 de Junho, depois de ouvir o Conselho de Estado.

31 Mar - O ministro da Presidência afirma que um eventual pedido de ajuda externa por parte do Estado envolveria uma negociação de condições, que ultrapassaria as competências de um Governo de gestão. O PSD contesta a ideia de que o Governo não tem condições de pedir ajuda financeira externa.

31 Mar - O PSD subscreve a posição do Presidente da República de que o Governo, apesar de limitado a funções de gestão, tem condições para pedir ajuda financeira externa, se for necessário fazê-lo, e terá apoio para isso.

02 Abr - Pedro Passos Coelho garante que, se for eleito primeiro-ministro, caso o país precise de ajuda externa não hesitará “um segundo”, considerando que “não se deixa um país a correr riscos que são desnecessários”.

04 Abr - José Sócrates lamenta ter sido “o único dirigente político” a alertar para as consequências do chumbo do PEC e afirma que fará “tudo” para evitar um pedido de ajuda externa. Por outro lado, nega que tenha sido discutido na reunião do Conselho de Estado o recurso a um empréstimo intercalar.

05 Abr - Bagão Félix acusa o primeiro-ministro de mentir, sendo apoiado pelo também conselheiro de Estado António Capucho. Almeida Santos e Carlos César contrapuseram que Sócrates falou a verdade.

05 Abr - Bloco de Esquerda afirma que ajuda externa significa o “agravamento de todas as medidas” que levaram ao actual contexto económico.

05 Abr - O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, reitera que a União Europeia está pronta para responder a um eventual pedido de ajuda de Portugal, mas disse desconhecer a possibilidade de uma “ajuda intercalar”.

06 Abr - O presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB) considera “urgente” que Portugal peça ajuda externa financeira à Europa, já que os bancos nacionais não têm mais dinheiro para emprestar.

06 Abr - A agência de notação financeira Fitch baixa o ‘rating’ das obrigações hipotecárias de seis bancos portugueses, na sequência do corte da notação de Portugal em três níveis, estando a um nível de ser considerado ‘lixo’ (‘junk’).

06 Abr - Os juros exigidos pelos investidores para deter títulos de dívida soberana portuguesa a cinco anos negociaram de manhã acima dos 10%, enquanto os de 10 anos eram negociados com uma taxa de 8,767.

06 Abr - O Estado colocou no mercado 1.005 milhões de euros em dívida com maturidade em Outubro deste ano e Março de 2012, pagando nesta última um juro 5,902%, mais 1,571 pontos percentuais que na última emissão semelhante.

06 Abr - José Sócrates anuncia que endereçou à Comissão Europeia um pedido de assistência financeira.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Se o meu cão falasse

Se o meu cão, o Chaplin, falasse era comentador político, seguramente um politólogo diligente e fiel, para além de responsável, sério, verdadeiro e credível.
Pois não é que hoje mesmo lhe deu para ladrar como se não houvesse amanhã? Hoje, precisamente neste glorioso dia em que Portugal finalmente cede às pressões internas e externas para pedir "ajuda externa".

O bicho deve ter percebido o problema, e não consegue dormir em paz: mal se lhe fecham os olhos, salta e ladra como se tivesse sido atacado por um monstro. Se o mando calar, aproxima-se de mim e, se falasse, perguntar-me-ia se eu não estou a ver o monstro que lhe atormenta o sono. Como insisto em que se cale, ele corre para a varanda a ladrar como quem diz "está lá fora, no exterior, não vês?"
Bem lhe faço festas na cabeça e digo "não é nada", mas o Chaplin começa a ficar preocupado e a preocupar-me.

O mais certo é que me esteja a avisar de perigo iminente.

Se falasse, era politólogo e ganhava a vida a fazer comentários e a poupar dinheiro às televisões, dispensando-as de transmitir programas com interesse.
A crise seria o seu abono de família. Provavelmente deixaria de ter pesadelos. Não lhe iriam faltar ossos para roer. Seria um cão realizado.

Portugal calls for EU financial bail-out

Portugal calls for EU financial bail-out

Portugal's caretaker Prime Minister Jose Socrates has said that he has asked the European Union for financial assistance.
Mr Socrates said the country was "at too much risk that it shouldn't be exposed to".
The government has long resisted asking for aid but last week admitted that it had missed its 2010 budget deficit target.
Portugal follows Greece and the Irish Republic in seeking a bail-out.
"I always said asking for foreign aid would be the final way to go but we have reached the moment," Mr Socrates said.
"Above all, it's in the national interest."
European Commission President Jose Manuel Barroso said in a statement that Portugal's request would be processed "in the swiftest possible manner, according to the rules applicable".
He also reaffirmed his "confidence in Portugal's capacity to overcome the present difficulties, with the solidarity of its partners".
Borrowing costs Mr Socrates did not say how much aid Portugal would ask for. Negotiations will now be underway and the BBC's business editor Robert Peston said rescue loans could amount to as much as 80bn euros ($115bn; £70bn).
Mr Socrates was speaking after Finance Minister Fernando Teixeira dos Santos said it was necessary to resort to financial aid from the EU.
Earlier, the government raised about 1bn euros after tapping the financial markets in order to repay loans, but will have to pay a higher interest rate to lenders.
Portugal's cost of borrowing has risen sharply since the minority Socialist government resigned last month after its proposed tougher austerity measures were defeated in parliament.
Since then several rating agencies have downgraded the country's debt.
An informal meeting of European finance ministers had already been scheduled for Thursday in Budapest. Portugal was not originally on the agenda but is expected to be discussed.
The UK Treasury Minister Mark Hoban will attend. A source at the Treasury said that the bilateral loan the UK offered to the Irish Republic was "very much a special case" and a similar offer is "not on the table" for Portugal.
Jan Randolph, head of sovereign risk at IHS Global Insight, told the BBC that Portugal might organise "some sort of bridging loan" in the short term.
But he added: "The real big loan over several years will require a medium-term plan and I don't think that can be agreed until the new government comes into place."
Elections are likely to take place in a few months' time.

Transcript of a Press Briefing on the International Monetary Fund’s Fiscal Monitor

Transcript of a Press Briefing on the International Monetary Fund’s Fiscal Monitor

By Carlo Cottarelli, Director, Fiscal Affairs Department, and Senior Advisors Philip Gerson and Gerd Schwartz
Washington, D.C.
Friday, May 14, 2010
 (...)
And finally, the third and final element of an adjustment strategy is on the revenue side. We think that for the countries that need to adjust, most of the effort has to come on the spending side because advanced countries have spending levels that are already high. Given the magnitude of the adjustment, though, it may be necessary to take measures also on the revenue side.
Nobody likes paying taxes, and taxes are also distortionary. We made an effort to identify tax measures that were relatively better in terms of economic efficiency. Some of them actually reduce distortions with respect to the current situation. We start from a tax system that in many countries was already quite distortionary. By eliminating some of these distortions it should be possible to improve revenues also.
And here are some numbers that talk about package for the average of the advanced countries, on the order of 3 percentage points to GDP. Many countries apply VAT rates on some sectors at the lower-than-standard level. By eliminating half of this gap between the standard level and the below-standard level, it would be possible to save more than 1 percentage point of GDP. Here we reduce the VAT policy gap. As I said, this refers to eliminating at least half of the below-standard VAT rates.
Second, excises for tobacco and alcohol are still fairly low in some countries. If they were raised to the 2006 average it would be possible to save 0.3 percent of GDP, to increase revenue by 0.3 percent of GDP on average.
A third: in some countries, gasoline and diesel taxes, fuel taxes are still low. By raising them a bit it would be possible to save something like 0.4 percent of GDP, 10 cents more per liter in each case. Of course, in the U.S. where they are lower, perhaps, a large increase would be possible.
Fourth, real estate. Real estate is, from a tax point of view, something that should be taxed because it is always better to tax immovable property.
Some countries already have a fairly high taxation of real estate, like the United States and the UK, but other countries have a low tax rate for real estate.
If it were possible for a country where property taxation is relatively low to bring it to the average level in the U.S., Canada, and the UK, the saving would be 0.4 percent of GDP. Now, of course, at the moment, the real estate market is still weak, so this is not something that could be implemented now, but here, remember, we have a measure that could be implemented over a number of years.
And finally, carbon taxation, carbon pricing, this goes beyond the taxation of fuel. Putting a tax on carbon emissions, or the auctioning of emission rights, it would be possible to save 0.6 percent of GDP. Altogether, this yields 2.8 percent of GDP and this does not include a few other things that may be important for specific countries.
For example, introducing VAT in the United States at the rate of 10 percent, a fairly modest rate, would yield 4.5 percentage points of U.S. GDP. Japan has a very low VAT rate, 5 percent. If it were possible to double it to 10 percent the saving would be 2.6 percent of GDP.
And, last but not least, tax evasion. Tax evasion is significant. The Monitor and the background board paper present calculations of country-by-country of tax evasion for VAT and that is sizable. It’s 0.7 percent of GDP for the average advanced economy, but for some countries, of course, it’s much more than this. Fighting tax evasion is something that remains a priority in many countries.
This brings me to the end of my presentation. The last point I want to make really is on the timing of the implementation of these measures, and here we have to distinguish across countries and across types of actions.
Let me start from actions that go directly into the reduction of the deficit. As you know, some countries are already implementing fiscal tightening this year. There are two groups of such countries: on the one hand, you have countries where fiscal accounts are weaker and where countries are already in a way under the pressure of markets; on the other hand, some countries are also tightening, like in the case of Korea, because economic recovery is stronger than expected. The same applies for various emerging market countries-- These countries should tighten fiscal policy already in 2010. Other countries can wait until 2011. This, however, does not mean inaction for any of these countries. For all countries there is a need to clarify the fiscal exit strategy and there is also a need to take steps under these strategies that do not risk jeopardizing the economic recovery.
There is the broad area of entitlement reform. All countries that are facing fiscal pressures, and particularly those that are aging faster, should implement entitlement reform as soon as possible. Increasing the retirement age is a very important step and does not risk weakening aggregate demand. There is no need to delay this to the future.
Strengthening fiscal institutions is also something that could be implemented now and we know that it is being implemented now by a number of countries including in Europe.
So, with this I will close. As I said, some action should take place in 2010, some action could be delayed to 2011. What is most important in any case is a clarification of the fiscal strategies to reduce deficit and public debt.
So, thank you very much for your attention. Sorry if I took a bit longer than I expected, but now we are ready to take any questions that you may have. Thank you.
MR. THOMSON: Thank you, Carlo. And if I can reiterate, the journalists participating online can submit questions via the Online Media Briefing Center. Journalists in the room, if you could identify yourselves and your affiliation and use the microphones please.
QUESTIONER: Hi. One, I have a basic math question I’m trying to understand and then a sort of broader question.
So, you’re saying overall for the advanced G-20 countries, by 2030 the debt increases by 40 percentage points or thereabouts. And so to get it to a safe level they have to reduce the deficit by 8.5 percentage points over 10 years -- 8.75, sorry. How does that math work? Why does 8-3/4 get you 40 percentage points?
And then secondly, a sort of broader philosophical question, so you have a variety of tax increases and spending cuts, why don’t you have built in there, since you’re saying growth is so important, growth measures that you would score in the same way you’re scoring this?
MR. COTTARELLI: Let me start from the second one. Of course, there is a recovering growth in the projections, but there is no major increase in potential growth. The reason why we have not done this is to be, in a way, on the cautious side because these reforms in this area are extremely important but it’s difficult to calculate when they will yield benefits.
So, I think that while all countries facing fiscal adjustment should implement the measures to boost potential growth, I think it would be a bit risky to assume from the beginning that potential growth would pick up more strongly than expected, than before the crisis.
What countries, in our view, should do is to base fiscal adjustment on relatively conservative projections on output growth and then hope, to have the strong expectation, that through reforms it would be possible to improve potential growth and there would be upside surprises.
But in terms of measuring risk, I think it would be better not to base fiscal adjustment plans on the expectation that potential growth will be higher than before the crisis. Actually, it is better to be cautious.
On your specific question, the difference is between flows and stock. The improvement in the primary balance is an improvement in the flow and that of course is not from the first tier. It’s a gradual improvement, but it’s an improvement in the flow, in the primary position every year. As a result of this, at the end, you get a decline in the debt ratio by about -- with respect to the baseline and to the starting point, by about 35, 40 percentage points. We can perhaps go through separately to do the math later on at the end.
MR. THOMSON: Thank you, Carlo, we’ll take a question online and then come back to the room. We have a question: “What’s your opinion about the fiscal consolidation plans announced by Spanish and Portuguese governments? Could they delay recovery?”
MR. COTTARELLI: Clearly, the steps that have been taken by these countries, as well as by other countries, to strengthen the fiscal accounts, go definitely in the right direction and are important steps. The question also related to the effects that this would have on growth, and I want to give a broader answer here. There is a fear that fiscal tightening could slow down the growth process over the next few years. Now, this -- the extent to which this may happen depends on two factors, one is the credibility of the adjustment. There is some work on this in the last few pages, as you will see, of the Fiscal Monitor. There is a discussion and there is evidence of the difference, with respect to growth, between credible and non-credible adjustment.
This comes from work that has been done by our colleagues of the Research Department which we just reproduced. The basic result is that if the fiscal adjustment is credible, there could even be a boost to economic activity because people start expecting lower interest rates in the future, and they expect less volatility in the future.
This may not happen, so there may be some costs, in terms of output, but in general, the more credible the fiscal adjustment is, the lower the effect on growth, and this underscores not only a need to prepare clear and transparent plan, but also the role that the strength of fiscal institutions can play.
The second point relates to the timing of the adjustment. There is nothing wrong in expanding fiscal policy -- actually, it’s appropriate to expand fiscal policy when economic activity is weak and then to tighten it when there is a recovery in economic activity. This is part of how fiscal policy should be managed from a countercyclical point of view. So, in other words, in the next few years we should expect a recovery of private sector demand. It’s perfectly normal that public sector demand steps back.
One last point, sorry, if you allow me, this -- if fiscal tightening takes place, indeed we should expect over the next few years a lower increase in interest rates than we would normally see during the exit from an economic recession.
QUESTIONER: On the tax measures, the less distortionary tax measures, you know, these are the bad excise taxes. Could you talk, though, about the role of other taxes potentially -- income taxes, payroll taxes -- to help countries return to balance, and what are the challenges of that and what are the benefits of that?
MR. COTTARELLI: I don’t know whether my colleagues want to add something, but our work and the work of the OECD indicate that indirect taxation is in general better with respect to growth, with respect to direct taxation. That’s why we have focused primarily on indirect taxes and real estate taxes.
This said, I think, there may be a need in some countries, depending on countries’ circumstances, of favoring also some increase in direct taxation. But as a general policy we believe that indirect taxes, without being dogmatic at the same time, are better than direct taxation.
MR. GERSON: The only thing I would add is that even with direct taxation, there may be cases where base broadening can help remove some distortions and so it could be that in fact by broadening bases you can both increase efficiency and increase revenues at the same time.
QUESTIONER: My reading of your report, which is very long and very complete, is that, bottom line, governments in advanced economies are spending too much and cannot continue on this path which is unsustainable because they are borrowing too much. You are touching very politically sensitive issues there. We can take a few examples like in the U.S., the housing sector is highly subsidized. In France, the age of retirement is too low. In Japan, VAT is too low, but consumption has been seen as very depressed for the last decades. So, how politically realistic do you think it is to touch with very sensitive issues which are the biggest sources of potential revenues?
MR. COTTARELLI: It’s clear that the adjustment is not going to be easy. Nobody can deny this. At the same time we have seen a number of countries, and I gave you some examples before of countries that did manage to implement a very large fiscal adjustment and they did manage to do this without actually killing growth.
More generally we have seen, in the last 10 or 20 years, very important reforms undertaken, for example, in the pension area. Those are not easy reforms and yet they’ve been implemented. I think that there will have to be sufficient political consensus, of course, to implement these difficult measures, but as I said, this is already happening, it’s happened in the past.
QUESTIONER: Two questions: You talked about fiscal adjustment in some way potentially encouraging growth. You are also including in that fiscal adjustment the increase in taxes that you were referring to, correct?
And secondly you talked about that growth coming, if the fiscal adjustments are credible, and I think the question was relating to Spain and Portugal, do you think their fiscal reform measures are credible?
MR. COTTARELLI: Well, as I said, I mean, the announcements have been important for these countries. I don’t want to discuss too much about these specific countries because, as you know, there is an Article IV consultation that is ongoing on Spain, so these things are being discussed with the authorities.
So, what I was making was a general point about the importance of credibility of the fiscal adjustment. I don’t want also to be seen as too optimistic. I would not bet on the fact that fiscal tightening is going to boost growth. What I’m saying is that there is a possibility that fiscal tightening, if appropriately implemented, will actually help growth, and if the adjustment is credible and it comes at the right time, the loss in terms of output can be quite modest as our evidence in the Monitor shows.
QUESTIONER: Actually, in the light of that question I have a question on Spain and one on a broader issue.
I mean, the issue, I think, in Spain people fear is that the economy is really weak right now. I mean, the economy is not recovering fast at all and there is this fear that these new measures are just going to stall recovery and I wonder if you could comment on that.
And the broader question is, if you can comment on the recovery -- on the world recovery. I mean, you know, like three months ago I think people had a different idea of how things were going to play out. I mean, there was an expectation there would be an increase in interest rates and all that, and sort of the European crisis has changed a little bit that. It seems that countries are going to have to have a fiscal adjustment earlier than expected and I wonder if you had -- you know, if you can comment on how the world recovery is going to change a little bit because of this?
MR. COTTARELLI: I think that one should not exaggerate developments, the implications of developments. It’s clear that there are some countries that are implementing fiscal tightening earlier than perhaps had been expected, but we need to keep in mind that the largest European countries are still in a position to wait until 2011 and what matters for world growth is the behavior of the largest countries. So that needs to be taken into account in terms of the effects of these recent developments on world growth.
On the specific case of Spain, again, there is an Article IV consultation in progress, so I would take away the job of my colleagues if I said too much at this juncture. But as I said, the measures that have been taken are important. They go in the right direction and improve the credibility of fiscal adjustment in that country.
QUESTIONER: If I just may politely push a little bit more. There is no Article IV mission in Portugal, so perhaps you could comment on that credibility.
MR. COTTARELLI: Yes, I mean, as I said, I don’t have the alibi on the Article IV consultation in Portugal, but again, the point I want to make again, it goes in the right direction in increasing the credibility of the adjustment. Of course, all the European countries have more general challenges and those are particularly important in the area of health spending and pension spending. This, of course, does not apply particularly to Portugal, but is a point that I wanted to reiterate. I think the Europeans, as a group, are underestimating the challenges coming from health care spending. It’s a point that we make clearly in our report. We have a sort of differences of views with respect to the European Commission’s in the projections over the next 20 years of health care spending. You could find the details in the Fiscal Monitor.
QUESTIONER: Can I ask about another European country? If you look at it a different way, what’s the lesson from Greece on the message that you’re trying to enunciate today?
MR. COTTARELLI: Yeah. I mean, the lesson is that there are some countries where the fiscal accounts are weaker and that are potentially more exposed to a loss of confidence, including because they have, for example--and I’m not referring specifically to Greece, but as a general point --for example, because they have weaker fiscal accounts, because they have weaker fiscal institutions. And the message is that those countries -- some of these countries cannot afford waiting until 2011, they will have to tighten earlier. This is already happening.
So, that’s basically the lesson that I would draw from the recent developments.
MR. THOMSON: If that’s all the questions we have, then we’ll wrap up this briefing. Thanks very much for taking part, both journalists in the room and those who participated online.
Just to reiterate, the contents of this briefing and all the documents that we posted are under embargo until 11:00 a.m. D.C. time. That’s 1500 GMT today.
Thank you.
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