sexta-feira, 30 de junho de 2006

Fwd: QUATRO VALORES À MINISTRA DA EDUCAÇÃO

Forwarded message de Manuel Aguiar

Quatro valores à ministra da Educação
Santana Castilho


Em tempo de exames, dou, com generosidade, quatro valores, na escala de 1 a 20, ao desempenho da ministra da Educação e dos secretários de Estado. Passo a justificar, em análise sumária das suas últimas medidas e atitudes.
Comecemos pela proposta de alteração do estatuto [da carreira docente]. É um documento totalmente centralizador da gestão dos docentes, que exibe uma ignorância técnica alarmante, por parte dos seus proponentes. Como se pode pensar combater o insucesso escolar com intervenções administrativas na gestão das carreiras dos docentes? Como se pode insinuar que vai melhorar a competência dos professores, quando os graus académicos e as formações sérias acrescidas são, em sua sede, alarvemente desvalorizadas e se institui o espírito de procurar deficiências para castigar, que não para as superar?
Algumas disposições regulamentadoras são um misto de pulsões estalinistas, atropelo à lei geral e insensibilidade ao ridículo. Exemplos? Ser-se mãe vai significar penalização. Casar, apanágio de relapsos. E morte de pai ou mãe deve ser acordada hora com deus ou com o diabo com ano de doença. É o que resulta do cruzamento da lei geral quanto a faltas por maternidade, nojo, casamento ou doença e as particularidades delirantes deste estatuto.
É verdade que um dos aspectos mais glosados pela opinião pública, a participação dos pais na avaliação dos professores, não tem a relevância que lhe têm atribuído. Mas o espírito que lhe subjaz é que a tem. É uma iniciativa populista, na senda de outras do mesmo teor. Tudo o que o Governo tem feito visa agradar aos pais, colocá-los contra os professores e aliviar o esforço dos alunos. Assenta num populismo e numa demagogia insuportáveis. E por objectivo tem várias coisas, menos o incremento do conhecimento dos alunos.
As reformas selvagens que têm vindo a público são música para pais ocupados e alunos mandriões e indisciplinados. Não é com elas que se acrescentará conhecimento e competência aos jovens, porque têm sido pensadas com outras motivações. Mas o objectivo mais evidente desta proposta de alteração de estatuto é o de economizar dinheiro. Por via dela, é instituído um verdadeiro tecto salarial, a que ficará sujeita a maioria da classe. E, do mesmo passo, reforça-se o modelo altamente centralizado de gestão do maior grupo profissional do país. Na Coreia do Norte não se faria melhor.
O que acabo de afirmar, jogado em cima de páginas e páginas de escritos meus publicados, de crítica à actuação dos sindicatos e à inexistência de um modelo exigente de avaliação do desempenho, produzidas ao longo dos últimos anos, dá-me imunização contra eventual acusação de defesa gratuita do sindicalismo imobilista ou atitude simplesmente corporativista. O que se trata é de dar a César o que é de César e reagir a que uma senhorita e uns senhoritos nos comam por estúpidos.
O Ministério da Educação podia-nos ter poupado à habitual guerra do alecrim e da manjerona quanto aos números da greve decretada pelos professores e à motivação subjacente à escolha de um dia entre feriados. Entendamo-nos: os prazos legais a respeitar e o calendário de exames não deixavam aos sindicatos outra alternativa. Era a 14 ou sujeitar-se-iam à acusação de boicotar exames e à consequente requisição civil, como aconteceu no ano transacto. Quanto à insinuação de oportunismo, os professores responderam-lhe nas ruas de Lisboa, vindos de todo o país. Goste-se ou não dos sindicatos, concorde-se ou não com manifestações, tenham sido 7000 ou 10.000, a indignação foi evidente e natural como resposta a uma fixação doentia da ministra em denegrir a classe. Só a não viram os autistas.
É aberrante um membro de um Governo capturado por um partido político e suportado por uma assembleia também capturada pelo mesmo partido político não encontrar melhores argumentos que a afirmação de que há sindicatos capturados por partidos e que têm uma agenda que não é a educação.
Quem se julgará esta senhora, e onde se julgará esta senhora? Então a agenda da educação é só a dela, como se Lisboa fosse Pyongyang?
Eu, por exemplo, não sou nem nunca fui sindicalizado, nem sou nem nunca fui filiado em qualquer partido político. Mas recuso a agenda dela, que é a agenda do disparate continuado. Por isso lhe dou 4 valores, o que, noutros tempos, tinha como corolário imediato a saída do sistema.

PS: Não deixa de ser curioso que o Presidente da República tenha, em 48 horas, deixada implícita uma reprimenda ao ministro da Agricultura e um apoio à ministra da Educação. Tanto mais quanto o pai do monstro (o estatuto) que a ministra quer abater, em nome da qualidade e do rigor, é, nem mais nem menos, Aníbal Cavaco Silva, que o concebeu e aprovou, enquanto primeiro-ministro de Portugal.
Quantos fenómenos estranhos escorrem pelas frestas da memória curta dos homens... professor do ensino superior

segunda-feira, 26 de junho de 2006

DEFESA DA EDUCAÇAO INCLUSIVA

Hiperligação a um texto de David Rodrigues

(Clicar no título para ler todo o texto)

quinta-feira, 22 de junho de 2006

DAMAGE OF SEGREGATION

7 DAMAGE OF SEGREGATION

7.1 A 2003 report from CSIE illustrates the damage of segregation to individuals and society, drawing on the substantial bodies of educational and social psychological evidence. The Case Against Segregation Into Special Schools, A Look At The Evidence, by Dr Sharon Rustemier, shows how
segregated schooling is linked with stigma, stereotyping, prejudice and discrimination – the very conditions which disabled adults identify as among the biggest barriers to respect, participation and a full life.

7.2 This analysis of research shows that segregated ‘special’ schooling has been associated with impoverished social experiences, abilities and outcomes; reduced academic experiences in terms of curriculum provision, outcomes, examination opportunities and accreditation; lower student aspirations and teacher expectations; high absence rates; difficulty in
re-integrating into mainstream; poverty in adulthood;and poor preparation
for adult life. Negative consequences for segregated pupils identified in
the research also include depression, abuse, lack of autonomy and choice,
dependency, lack of self-esteem and status, alienation, isolation, fewer
friends, more restrictive interpersonal relationships, bullying and limited
lifestyles.