quarta-feira, 12 de março de 2014

Apagar mais de metade da dívida com ajuda do BCE

Apagar mais de metade da dívida com ajuda do BCE

A proposta tem o curioso acrónimo de PADRE, mas recusa ser um "perdão". A dívida pública seria cortada em 55%, mais de 100 mil milhões de euros.
João Silvestre e Jorge Nascimento Rodrigues

Um académico e um banqueiro suíços propõem reestruturar a dívida pública de todos os países 
membros da zona euro, através de uma compra massiva pelo Banco Central Europeu no 
mercado secundário de títulos no valor de 5 biliões de euros, cerca de metade do total da 
dívida, transformando-a de seguida em dívida perpétua sem juros. A proposta tem o curioso 
acrónimo de PADRE, em inglês (PADRE - Politically Acceptable Debt Restructuring in the 
Eurozone; Reestruturação de dívida da zona euro politicamente aceitável). Os autores 
recusam considerar esta reestruturação um perdão de dívida.
Portugal seria beneficiário da operação, com um abate de mais de 100 mil milhões de euros, 
cerca de 55% da dívida pública.
O Expresso entrevista em exclusivo um dos autores, Charles Wyplosz, professor de 
Economia Internacional no Graduate Institute de Genebra, e membro do grupo de 
conselheiros económicos do Presidente da Comissão Europeia e do painel de peritos do 
Comité de Assuntos Económicos e Monetários do Parlamento Europeu.

Não há milagres grátis 


A nova renegociação dos prazos dos empréstimos europeus à Grécia trouxe de volta o 
tema das reestruturações de dívida pública na zona euro.
Mas como não há "milagres" grátis, a proposta acarreta uma "condicionalidade" pesada. 
Depende de condições políticas apertadas a aceitar pelos beneficiários, refere-nos 
Ricardo Cabral, professor da Universidade da Madeira, que analisou a proposta.
 "Um espartilho orçamental reforçado", quer em termos de défice estrutural (o que já tem 
sido implementado com a célebre "regra de ouro") como de teto da dívida pública 
(com uma folga de 10 pontos percentuais) que teria de ficar inscrito na Constituição e 
onde possível referendado. O cumprimento desses limites seria analisado semestralmente
O artigo refere as diversas propostas de reestruturação e mutualização da dívida pública que 
têm surgido.



terça-feira, 11 de março de 2014

ESCREVIDA V de Chaplin - excertos de entrevistas, sob o signo da Realidade Factual


  • "Realidade Factual é o conceito atribuído por um famoso treinador de futebol a coisas, que para ele, estão a acontecer. Das realidades não factuais, ou das não realidades factuais, ele não fala."
  • "O nosso Presidente fala, mas diz que prefere não falar oralmente..., por escrito é melhor."
  • "O presidente do Sporting disse que foi ameaçado de morte... pessoal."
  • "Diz-me lá Chaplin se podemos ser tolerantes. Tolerância só pode ser um valor político, isto é, um valor partilhado socialmente. Vejamos o que se passaria se fosse um valor moral e individual. O sujeito A poderia tolerar que um sujeito B frequentasse um saula de aula vestido com uma burka. Mas porque haveria o sujeito B de pretender essa tolerância do sujeito A, se, na verdade, pelas mesmíssimias razões, deveria tolerar as crenças e o modo de vida do sujeito A e, portanto, abdicar daquela vestimenta num espaço público? A imposição de uma tolerância boa  do ponto de vista moral só poderia ter origem no exercício do poder de impor. Ora, aquilo que parece ser uma resposta moral, individual, de cada sujeito só adquire sentido numa relação política de poder. Assim, podemos e devemos dizer que a tolerância, tal como a liberdade e outros valores, só tem sentido num quadro político, num quadro de organização da sociedade. Não num quadro de moral individual. Ninguém é livre de ser ou não tolerante, ninguém é livre de ser ou não livre. A tolerância é um valor partilhado; não podemos abdicar dele sem abdicar de viver em sociedade. O mesmo acontece com a liberdade, com a inclusão social, etc. Talvez isto não seja uma realidade factual, mas acontece que muita gente fala de coisas destas como se fosse. A liberdade é um direito social de que não podemos abdicar individualmente, tal como a tolerância. A inteligência e a compreensão refletida destas coisas, infelizmente, não são direitos do mesmo género. A desgraça é, por isso, uma ameaça social que não se afasta da nossa realidade factual (?)."

sábado, 1 de março de 2014

Ukraine - comprendre les origines de la crise en 5 minutes


Ukraine : comprendre les origines de la crise... por lemondefr

Poder Bicéfalo

No poder bicéfalo, a pergunta que tem de ser obrigatoriamente colocada é: 

  • Quem conduz o barco e quem lança o arpão, ou o anzol? 

Na relação coelho-relvas, a situação é pouco clara, porque os coelhos detestam relva remexida e com estrume. Por outro lado, a relva não se dá a si mesma aos coelhos. O engraçado é ver o que vai acontecer dentro em breve.