segunda-feira, 4 de julho de 2011

TSU e Imposto Extraordinário

A redução da taxa social única, proposta pela CIP, corresponde a cerca de 700 milhões de euros de prejuízo para o Estado (via Segurança Social).

Quase 800 milhões será o proveito que o Estado tirará do imposto extraordinário sobre o subsídio de Natal. Poderá ser um pouco menos, se os trabalhadores por conta própria (que passam recibo verde) conseguirem dar a volta ao texto).

Já se sabe, afinal, para que vai servir esse imposto extraordinário:
  • 50 ou 60 milhões (mais ou menos) destinam-se a reduzir o défice original;
  • 700 milhões (mais ou menos) destinam-se a reduzir o défice artificial criado pela redução da Taxa Social Única.
O mais curioso é que a redução da TSU ainda vai servir para justificar o aumento do IVA, apesar de ser já bem paga pelo imposto sobre o rendimento dos trabalhadores. É que o imposto sobre o rendimento não é muito interessante para a União Europeia, que não ganha nada com ele. A União Europeia propõe sempre o aumento do IVA, porque parte do IVA nacional destina-se a financiar o orçamento central da União.

Em resumo, não só pagamos as dívidas com juros (e que juros!), como para as pagar ainda temos de contribuir com mais dinheiro para o orçamento geral da União, através do aumento do IVA. Por seu turno, o financiamento da União para investimento (fundos estruturais) implicam que, por via do sistema de cofinanciamento, Portugal tenha de se endividar ainda mais, se quiser aceder a eles, e assim sucessivamente.

Nem todos perdem nesta roleta russa viciada.

Mas serei só eu a ver as coisas deste modo?

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