domingo, 9 de outubro de 2011

A Saga "No Portugal dos Pequenitos, Acredita-se no Pai Natal" - 2ª Edição


Defende o nosso magnífico ministro da educação que os portugueses devem ter liberdade para escolher a escola mais adequada para os seus filhos.
O que este sublime ministro anda a dizer, com o apoio de comentadores e politólogos, começa a atingir níveis de perigo explosivo. É certo que nada do que diz interessa ao país; interessa a Lisboa, seguramente a Coimbra, mais conflituosamente ao Porto. Mas não interessa a Miranda do Douro, a Viana do Castelo, a Viseu, a Évora, a Beja, a Castelo Branco, a Mirandela, a Arouca, a Barcelos, a Estarreja, a Portalegre, a Bragança, a Lamego, a Tabuaço, a Armamar, a Vila Real, a Faro, a Sines, a Castelo de Paiva, a Penafiel, a Santo Tirso, a Ovar, a Avanca, a Águeda, a Cabeceiras de Basto, a Vila Pouca de Aguiar, a Chaves, a Alcoutim, a Bombarral, etc. E não interessa porque nestes e em outros locais bem portugueses os alunos não vão para o colégio, vão para o infantário, para a creche ou muito simplesmente para a escola.
E o que é que retira a liberdade de escolha aos pais, nestes sítios e em todos os restantes de Portugal?
Muito simplesmente:
1.    A falta de dinheiro em algumas famílias;
2.    O facto de os alunos que residam na área de influência de uma determinada escola terem prioridade para a frequentar.
Que vai fazer este excelente ministro?
1.    Vai acabar com a pobreza em Portugal?
2.   Ou vai acabar com o conceito e a prática de área de influência da Escola? Isto é: vai permitir, em nome da liberdade de escolha dos portugueses, que as escolas possam escolher os seus alunos, em função da procura?
Se vai acabar com a pobreza, seja bem vindo.
Se vai acabar com as áreas de influência das escolas, que, no mínimo, deixe de falar na liberdade de escolha, porque não é disso que se trata.

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