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sexta-feira, 29 de março de 2013
quinta-feira, 28 de março de 2013
Os Manipuladores, os Lobos e os Cordeiros
Acabei de ouvir o 1º ministro, Pedro Passos Coelho, a comentar o défice de 6,4% de 2012. Disse ele que esse défice equivaleria a uma redução de 6%, se não tivesse havido uma redução de receitas dos impostos, se não tivesse havido um aumento de despesa com os subsídios de desemprego e, finalmente, se não tivéssemos que pagar os juros da dívida. Brilhante. Absolutamente brilhante. Se não houvesse défice, diz ele, não haveria défice. Mais uma vez, brilhante!O problema, o gravíssimo problema, é que os manipuladores de números não são melhores ou mais honestos, se vestirem a pele de cordeiros. Pessoalmente, irritam-me todos, só que os lobos (que não vestem pele de cordeiros) são mais fáceis de combater e, só por isso, mais honestos.
domingo, 24 de março de 2013
sábado, 23 de março de 2013
sexta-feira, 22 de março de 2013
segunda-feira, 18 de março de 2013
CONSTRUÇÕES CONTEMPORÂNEAS DO COMUM
Colóquio Internacional
CONSTRUÇÕES CONTEMPORÂNEAS DO COMUM
19 e 20 de Abril 2013
Sala de Reuniões | FLUP
O Grupo de Investigação Philosophy and Public Space do Instituto de Filosofia da FLUP tem o prazer de convidar todos os interessados para o Colóquio Internacional Construções Contemporâneas do Comum, que irá decorrer nos dias 19 e 20 de Abril, na Sala de Reuniões da Faculdade de Letras da Universidade do Porto.
O Colóquio Internacional, Construções Contemporâneas do Comum, constitui um encontro científico organizado no âmbito das atividades do Grupo de Investigação Philosophy and Public Space (RG-PHIL-Norte-Porto-502-1272) – do Instituto de Filosofia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto – e do Projeto Science, Technology and Society: Multilineal Analysis of the Knowledge and Action Communities in the Cyberspace – M. Educación (España) /FFI2009-07709 (FISO).
Num espaço público gradualmente despolitizado, torna-se necessário aprofundar o poder dialógico do pensamento filosófico para reconfigurar uma consciência do comum que permita a compreensão crítica das relações, cada vez mais complexas, entre ciência, tecnologia, política e sociedade.
Este colóquio pretende, assim, refletir sobre os significados da noção de espaço público contemporâneo e equacionar, criativamente, novas dinâmicas de construção do comum face à hegemonia das narrativas identitárias sociopolíticas.
Programa em construção
Mais informações: http://ifilosofia.up.pt/gfe/public_space/?p=activities&a=ver&id=445
____________________________________________
Instituto de Filosofia (UI&D 502)
Faculdade de Letras da Universidade do Porto
Via Panorâmica s/n
4150-564 Porto
Tel. 22 607 71 80
E-mail: ifilosofia@letras.up.pt
http://ifilosofia.up.pt/
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domingo, 10 de março de 2013
Fazer-se ouvir e ser-se escutado
Há quem critique o Presidente da República por não falar, ou não falar o suficiente. Mas depois, quando ele fala, ficam esses críticos calados. Pois bem, eu não sou desses. Não porque tenha algo de importante para dizer, mas tão só porque me sinto na obrigação de dizer alguma coisa.
Disse, então, o Presidente que "aqueles que fizeram ouvir a sua voz têm de ser escutados".
Ora, esta frase é muito mais profunda ou complexa do que aquilo que possa parecer à primeira vista. Pelo menos duas interpretações são possíveis:
Disse, então, o Presidente que "aqueles que fizeram ouvir a sua voz têm de ser escutados".
Ora, esta frase é muito mais profunda ou complexa do que aquilo que possa parecer à primeira vista. Pelo menos duas interpretações são possíveis:
- Primeira interpretação: "aqueles que fizeram ouvir a sua voz têm de ser escutados" é uma evidência do tipo da frase "o triângulo tem três lados". Neste caso, aqueles que se fizeram escutar também têm de ser ouvidos, tal como uma figura de três lados é um triângulo, tanto quanto um triângulo é uma figura de três lados. E está tudo bem, neste caso.
- Segunda interpretação: se o que o Presidente quis dizer foi que "se alguém fez ouvir a sua voz, então tem de ser escutado", tal como poderíamos dizer "se está a chover, então o chão está molhado", a coisa fica mais complexa. É que, neste caso, ela não quer dizer que quem tem de ser escutado é quem se fez ouvir, tal como o facto de o chão estar molhado não quer dizer forçosamente que tenha chovido. Pode ser escutado até só quem não se fez ouvir, como por exemplo, o próprio Presidente que estaria a ser escutado sem ter de se fazer ouvir.
Não se pense portanto que estas afirmações presidenciais podem ser desprezadas. Elas devem, pelo contrário, ser levadas muito a sério, como eu faço, como estou a fazer agora mesmo. Na minha opinião, deveria mesmo ser organizado um Congresso para esclarecer o complexo pensamento do Presidente.
Em todo o caso, só há duas coisas que se fazem ouvir:
- uma é "não aguento mais";
- a outra é "ai aguentas, aguentas"
Por prudência, e tendo em conta que a única que tem alguma possibilidade de corresponder a algum saber sobre alguma coisa é "não aguento mais", porque aqui o sujeito fala de si mesmo (na frase 2, o sujeito fala de outros, que desconhece completamente), a única coisa de jeito que se faz ouvir é justamente "não aguento mais". Tudo o resto é treta para adormecer crianças.
Há por aí alguém que esteja a escutar isto?
Talvez seja melhor não me fazer ouvir, pode ser que alguém me escute.
segunda-feira, 4 de março de 2013
Conceito de Imagem em Plotino
SEMINÁRIO DE INVESTIGAÇÃO
Sessão II - O Conceito de Imagem em Plotino
5 de março (terça-feira), das 14h30 às 17h30
Sala do Departamento de Filosofia (Torre B – Piso 1)
Faculdade de Letras da Universidade do Porto
J.M. Costa Macedo
(GFM/Instituto de Filosofia da Universidade do Porto)
Análise do conceito de Imagem em Plotino. Leitura e Comentário de algumas passagens das Eneades.
Mais informações: http://ifilosofia.up.pt/gfm/? p=activities&a=ver&id=469
O
Gabinete de Filosofia Medieval / Instituto de Filosofia convidam todos
os interessados para a II sessão do Seminário de investigação Imagem e Semelhança - O debate sobre a visibilidade do Absoluto na História da Filosofia,
Fevereiro-Junho 2013, seminário aberto promovido pelo RG "Reason,
Sciences and Nature in Medieval Philosophy" e o Mestrado de Filosofia
(UC "Estética na Idade Média").
Organização e Programa: Paula Oliveira e Silva / José Meirinhos
Organização: Gabinete de Filosofia Medieval / Instituto de Filosofia.
Financiamento: FCT (COMPETE / QREN / UE).
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Instituto de Filosofia (UI&D 502)
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E-mail: ifilosofia2@letras.up.pt
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Financiamento, avaliação e auditoria do Instituto de Filosofia:
sábado, 2 de março de 2013
O Poder Está nas Mãos de Quem?
Justiça francesa aperta cerco a Christine Lagarde no caso Tapie
Daniel Ribeiro, correspondente em Paris
Os inspetores da brigada financeira suspeitam que Nicolas Sarkozy e Christine Lagarde agiram de forma concertada para favorecer Bernard Tapie, que tinha "evoluído" da esquerda para a direita
Getty Images
|
Depois de buscas da brigada financeira francesa, nos últimos dias, aos domicílios e escritórios do polémico homem de negócios
Bernard Tapie, e de Claude Guéant, ex-ministro francês do Interior e ex-secretário geral do Palácio do Eliseu, este descartou
qualquer responsabilidade do ex-Presidente Nicolas Sarkozy na resolução de um litígio de Tapie com o banco Crédit Lyonnais,
que terminou, em 2008, com uma indemnização milionária a este último.
"O Eliseu estava a par do procedimento que foi decidido e considerou-o uma boa medida, mas foi o Ministério das Finanças
que decidiu recorrer a esse procedimento", disse Claude Guéant, esta manhã, a uma rádio francesa. O homem de confiança
de Sarkozy referia-se ao facto de o diferendo ter sido resolvido por uma "arbitragem privada" em prejuízo da via judicial, que
estava então a revelar-se muito desfavorável ao empresário francês e antigo presidente do Olympique de Marselha.
A Justiça suspeita que Nicolas Sarkozy e Christine Lagarde , na época ministra da Economia e das Finanças, tenham
intencionalmente favorecido Bernard Tapie, ex-ministro de um Governo socialista durante a presidência do falecido
François Mitterrand e, depois, apoiante de Nicolas Sarkozy nas presidenciais de 2007 e 2012.
Tribunal de exceção instrui processo
Com as explicações de Guéant aperta-se o cerco a Christine Lagarde, que deverá ser convocada nas próximas semanas
pelo Tribunal de Justiça da República, jurisdição de exceção composta por parlamentares e magistrados, que instrui o
processo contra a diretora do FMI e que é o único tribunal com competência para julgar infrações cometidas por ministros
franceses no exercício das suas funções.
O processo contra a agora diretora do FMI foi desencadeado em meados 2011, depois do procurador Jean-Louis Nadal o
ter recomendado por considerar terem existido irregularidades na arbitragem favorável a Tapie. "A senhora ministra exerceu
constantemente os seus poderes ministeriais para chegar a uma solução favorável a Bernard Tapie, que a assembleia plenária
do Tribunal de Cassação (Recurso) parecia considerar ter comprometido", escreveu na época o procurador.
Com o procedimento escolhido por Lagarde, eventualmente apoiada por Nicolas Sarkozy, o diferendo de Bernard Tapie com
o Crédit Lyonnais, que dizia respeito a um complicado negócio relacionado com a compra da empresa Adidas pelo empresário,
no inicio de 1990, terminou com uma indemnização de 403 milhões de euros (incluindo juros de 118 milhões) a este último.
Na altura da compra da Adidas, o Crédit Lyonnais era um banco público e Tapie foi apoiado pelos socialistas, que então estavam
no poder em Paris.
Sarkozy também suspeito
Christine Lagarde, que é suspeita de "cumplicidade de desvio de fundos públicos", é igualmente acusada por juristas e
adversários políticos de ter prejudicado o Estado por não ter deixado prosseguir a via judicial normal para resolver aquele
litígio financeiro.
As buscas que esta semana visaram Claude Guéant têm a ver com o facto de Bernard Tapie ter tido diversas reuniões
com Nicolas Sarkozy na época da "arbitragem privada". Os inspetores da brigada financeira suspeitam que Largarde e
o antigo Presidente francês agiram de forma concertada neste controverso caso, com o objetivo de favorecer o polémico
homem de negócios que tinha "evoluído" da esquerda para a direita.
A atual diretora do FMI indicou há dias estar "à disposição da Justiça para responder no momento oportuno" sobre um
caso no qual garante não ter sido cometida qualquer ilegalidade
.
.
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É tão complicado pôr desempregados a tratar das matas?
"O membro do Conselho Económico e Social, João Salgueiro, defende, em entrevista à TSF e ao Dinheiro Vivo, que “é preciso dar objectivos às pessoas”, e acrescenta: “Há pessoas que podiam estar a produzir para o bem de todos e que não estão”. Nesta senda, e reportando-se ao flagelo do desemprego, o também antigo ministro das Finanças questiona: “É tão complicado pôr desempregados a tratar das matas?”. Até porque, advoga Salgueiro, “o que interessa é que estejam ocupados"
Veja-se a esperteza saloia deste senhor... Um dos problemas mais graves da crise é que se tornou evidente que os importantes pensadores da nossa praça pensam com as unhas dos pés, como qualquer tasqueiro com os copos.
Não é difícil pôr os desempregados a limpar as matas. Só falta criar esse emprego e pagar a quem faça o trabalho, para que deixem de ser desempregados. Está a seguir a ideia, senhor membro do Conselho Económico e Social? Basta criar emprego, isto é, trabalho remunerado, para que os desempregados deixem de o ser. Agora trabalho não remunerado, faça-o o senhor que, pelos vistos, farta-se de trabalhar para o bem comum...
Veja-se a esperteza saloia deste senhor... Um dos problemas mais graves da crise é que se tornou evidente que os importantes pensadores da nossa praça pensam com as unhas dos pés, como qualquer tasqueiro com os copos.
Não é difícil pôr os desempregados a limpar as matas. Só falta criar esse emprego e pagar a quem faça o trabalho, para que deixem de ser desempregados. Está a seguir a ideia, senhor membro do Conselho Económico e Social? Basta criar emprego, isto é, trabalho remunerado, para que os desempregados deixem de o ser. Agora trabalho não remunerado, faça-o o senhor que, pelos vistos, farta-se de trabalhar para o bem comum...
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