quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
terça-feira, 28 de dezembro de 2010
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
Portugueses vão pagar taxas pelos leitores de MP3, pens USB e telemóveis
A Lei n.º 62/98 vai ser atualizada, a fim de permitir a aplicação de uma taxa na compra de equipamentos que reproduzem música e vídeo. Leitores de MP3, telefones, discos rígidos e pensUSB podem vir a pagar taxa.
Hoje, a lei prevê o pagamento de uma taxa marginal aquando da compra de discos, leitores e reprodutores de DVD e CD. Mas é provável que a mesma taxa se estenda durante 2011 aos leitores de MP3, pens USB, telemóveis, discos rígidos - e ainda leitores e gravadores de CD e DVD que ficaram de fora de uma primeira atualização da lei 62/98 que foi introduzida em 2004.
A Exame Informática sabe que está a ser ultimado um documento que deverá servir de base a uma futura proposta de lei do Governo.
A atualização da lei tem em vista criar compensações financeiras das cópias realizadas, a título privado, com novos suportes digitais que, entretanto, se tornaram tão ou mais populares que os discos de CD e DVD.
O leque de equipamentos abrangido pela atualização da lei ainda está sujeito ao debate político e à análise do Governo, mas tudo indica que o modelo espanhol sirva de referência.
Em Espanha, a legislação local já prevê a aplicação de taxas de 12 euros a discos rígidos; de 1,10 euros a telemóveis com leitores de MP3; 3,15 euros para um leitor especializado em MP3; e 0,30 euros para uma pen USB.
Em Portugal, deverão ser propostas taxas inferiores, que têm em conta o poder de compra local, mas o leque de equipamentos abrangidos pelas taxas não deverá ser muito diferente - tudo depende da vontade política do Governo e, tendo em conta o atual panorama político, dos partidos da oposição.
Uma coisa é certa: a atualização da lei consta do programa do atual Governo e é apontada como a principal medida concreta para a área da cultura.
Atualmente, já são cobradas taxas entre 0,13 e 1,00 euros nos vários formatos de discos de CD e DVD. Essas verbas são encaminhadas para a Associação para a Gestão da Cópia Privada (AGECOP) que redistribui os valores por autores, produtores e editoras de música, vídeo ou software.
A lei 62/98 diz respeito ao Código do Direito de Autor e dos Direitos Conexos e apenas estipula as compensações relativas às cópias privadas com suportes analógicos ou digitais.
A partilha de cópias ilegais na Internet não está contemplada nesta lei uma vez que não são consideradas cópias para consumo privado.
***Este texto foi escrito ao abrigo do novo acordo ortográfico***
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
Manuel Alegre | Notícias 05
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Anda tudo lelé da cuca?
Será que ela ainda está chateada por o homem ter promulgado o casamento gay? A este primeiro pensamento sucedeu um outro. Na campanha para as presidenciais, em que tem a reeleição garantida mesmo que repita a graçola de encher a boca de bolo-rei, Cavaco respondeu que até tinha ficha na PIDE, quando Alegre puxou dos galões de antifascista .
Vai-se a ver e a ficha da PIDE não passa de respostas anódinas a um questionário de rotina, em que a única curiosidade reside em saber que ele achou por bem acautelar que não privava com Maria Mendes Vieira, com quem o sogro se casara em segundas núpcias.
Mas não. Não é por causa do casamento gay nem por o marido não ter engraçado com a madrasta dela que Maria não lhe dá prenda. O motivo é a contenção. Este ano, no Possolo, os adultos ficam a seco e são aconselhados a mandar o dinheiro das prendas para uma instituição de solidariedade social.
Fiquei horrorizado com esta atitude miserabilista. Aníbal e Maria têm uma vida bonita, os filhos estão criados, não devem ao banco, já não têm aplicações nem acções do BPN, e entre reformas e vencimento ganham uns bons 15 mil euros limpos todos os meses. Chega para prendas e sobra para ser solidário. E, já agora, permitam-me um reparo a Maria: o bem deve praticar-se em silêncio e é preciso ter muito cuidado a distinguir a filantropia da responsabilidade social da bolorenta caridade do bodo aos pobres.
Dias depois, reparei que Passos Coelho foi contaminado pelo miserabilismo natalício da primeira dama e anunciou que só a mais nova das suas quatro filhas vai ter prenda no Natal. Já começo a acreditar no estudo da OMS que diz que um em cada cinco portugueses sofre de perturbações mentais - só estou preocupado pelos lugares ocupados pelos lelés da cuca...
"Um dos riscos da actual crise é que as pessoas deixem de gastar e isso seria muito mau." Peço a Maria e Pedro para que, antes de abrirem mais a boca, reflictam nesta frase sábia dita por Vítor Bento, o economista que Aníbal nomeou para o Conselho de Estado, em substituição do seu antigo amigo Dias Loureiro.
No entretanto, fico a pensar se perco o amor a uns 40 euros e ainda hoje vou à Fnac comprar prendas para Cavaco (Utopia, de Thomas Moore, ou A Morte em Veneza, de Thomas Mann) e Passos Coelho - talvez O Ser e o Nada, de Sartre, porque aquele de que ele gosta muito (A Fenomenologia do Ser) e até leu antes de Kafka vai ser muito difícil de encontrar, porque não existe.
publicado a 2010-12-23 às 01:00
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Euro/Crise: Luxemburgo adverte Berlim e Paris - Há "pequenos" que têm dignidade...
O ministro dos negócios estrangeiros do Luxemburgo advertiu hoje, em declarações ao Die Welt, a Alemanha e a França contra «atitudes de superioridade e arrogância para demonstrar poder» perante os outros países da União Europeia.
«A linha de rumo da União não pode ser ditada pelos grandes países», advertiu Jean Asselborn. «O que me incomoda são as atitudes teatrais que a Alemanha e a França têm adotado antes de cimeiras europeias, para depois chegarem a Bruxelas e dizerem que resolveram os problemas e fizeram a Europa avançar«, sublinhou o chefe da diplomacia luxemburguesa.
Diário Digital / Lusa
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terça-feira, 14 de dezembro de 2010
sábado, 11 de dezembro de 2010
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Relações Interpessoais 3
Relações Interpessoais 2
Relações Interpessoais 1
sábado, 4 de dezembro de 2010
A Inconstitucionalidade Também Depende...
Finalmente, alguém diz a verdade. Só que não a diz toda: é que se essa redução de salário equivale, para a Constituição, a um aumento de IRS, então ou é aplicável a todos os rendimentos do trabalho, ou a nenhum. Aplicada somente aos funcionários do Estado, é forçosamente inconstitucional, nem mais nem menos do que as medidas "compensatórias" do Governo Regional dos Açores.
Só que esta conclusão inevitável dói como tudo... E então é melhor alimentar a estupidez nacionalizada de que se fazem arautos os politólogos e quejandos que enxameiam nos meios de comunicação.
Em todo o caso, o recurso a medidas de excepção tem sempre duas origens, frequentemente associadas:
- Uma visão diferente da realidade que têm os decisores mais próximos dela, da realidade social concreta;
- O facto de a medida geral ser sentida como injusta.
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
Caridade, Hipocrisia e Salário Mínimo
Entretanto, para compensar, organizam-se campanhas de ajuda caritativa aos desgraçados dos pobrezinhos: salvam-se o país e as almas.
Convém então que, para salvaguarda do país e das almas, o salário mínimo se mantenha num limiar que garanta que os trabalhadores permanecem numa situação de quase indigência. Embora essa indigência aumente as despesas do Estado, com todo o tipo de abonos e subsídios que ela acarreta, este não é problema que, com alguma tenacidade, não se consiga resolver. Com efeito, os empresáios, politólogos (atenção a este novo tipo de fauna televisiva) não deixarão de inundar os meios de comunicação com o apelo para o emagrecimento do Estado, em nome da salvação nacional. Os subsídios e outros abonos baixarão inevitavelmente ou desaparecerão mesmo.
Os ditos privados pagarão uma miséria de salário, o Estado não intervém nem ajuda porque não pode engordar e o país finalmente "faz o trabalho de casa" e entra numa via de progresso imparável.
Criam-se empresas privadas, solidárias, de caridade que não deixem os trabalhadores morrer à fome e montam-se quiosques para recolha de alimentos, oferecidos por trabalhadores pobres a essas empresas que se encarregarão de os redistribuir pelos pobres trabalhadores. Deste modo, as grandes superfícies verão asseguradas algumas compensações à diminuição do consumo, o rendimento dos pobres será redistribuído entre eles, sem perturbar os investidores e a sua nobre missão de acumular capital não partilhável sem lucro.
E o mundo ficará maravilhado: Portugal passa a ser um modelo de desenvolvimento e felicidade.