Portanto, se a razão é indispensável nas ciências, isso resulta da necessidade de orientar a experimentação, e não da possibilidade de estabelecer, por via demonstrativa, verdades intemporais. Mas esta intemporalidade, também não está ao alcance da experiência. De facto, como podemos basear a universalidade de uma lei na experiência, se a experiência é sempre de natureza particular, por muitas vezes que sejam repetidas as situações? Hume mostrou bem a impossibilidade de uma fundamentação deste género. Assim, uma teoria científica, longe de ser uma teoria demonstrada ou verificada, define-se sobretudo pela sua capacidade de tornar possível e de orientar experiências suscetíveis de a pôr em questão, pelo seu carácter “falsificável” 21. Daqui resulta o seu carácter essencialmente provisório. (de um texto meu em preparação, em preparação eterna ou quase)
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