A esmagadora maioria de especialistas/comentadores de TV concorda com os cortes para 2014. Não concordaram, antes, com o aumento de impostos, e a sua razão é simples: os impostos atingem toda a gente, e a eles também (como é bom de ver). Preferem portanto que só uma parte dos portugueses seja afetada por reduções salariais.
Acontece que essa é a parte dos portugueses que procurou habilitações para trabalhar nas Finanças, na Saúde, na Educação... Havia quem lhes dissesse: "para quê, estudar? Vai, mas é para trolha que trazes dinheiro rápido para ti e para quem mais precise dele. Aprende a viver." Revelou-se um desígnio verdadeiro. Estudar não compensa. Só estuda quem é burro. E quem é burro e gosta de ser terá bons motivos para transmitir a mesma mensagem aos seus filhos.
Daqui a alguns anos, alguém andará por cá para pagar a estupidez. Os especialistas/comentadores não verão, no que dizem hoje, consequências para o futuro. Aderiram à realidade. E, por isso, não tendo eles dito nem feito nada que jeito tivesse, encontrarão, apesar de tudo, os culpados (sem dificuldade): os funcionários públicos.
A aderência à realidade é uma adesão à estupidez ordinária.
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