- A esperança anima aqueles que adotam o ponto de vista do Estado como princípio e única fonte da ordem. É-lhes possível sonhar com uma revolução que altere a ordem, que endireite o que está torto: esta revolução é uma tarefa acabada de uma vez por todas: amanhãs cantarão. É o otimismo.
- A esperança não é a característica essencial quando se adota o ponto de vista de um tecido social gangrenado, formado por uma legião de poderes que devoram qualquer esperança de justiça numa sociedade que destrói as liberdades que deveria proteger, destruição levada a cabo por uma multiplicidade de “piolhos” que se tomam por caciques de aldeia ou mandarins da cidade. Só nos restam revoltas pontuais para tentar melhorar este ou aquele aspeto destruindo este ou aquele poder, mas este é um combate contra a Hidra: a tarefa é infinita pois as revoltas não alcançarão nunca a totalidade da legião de poderes, e o esforço da revolta é ele próprio gerador de um novo poder.
- A esperança não é a característica essencial quando se adota o ponto de vista de um tecido social gangrenado, formado por uma legião de poderes que devoram qualquer esperança de justiça numa sociedade que destrói as liberdades que deveria proteger, destruição levada a cabo por uma multiplicidade de “piolhos” que se tomam por caciques de aldeia ou mandarins da cidade. Só nos restam revoltas pontuais para tentar melhorar este ou aquele aspeto destruindo este ou aquele poder, mas este é um combate contra a Hidra: a tarefa é infinita pois as revoltas não alcançarão nunca a totalidade da legião de poderes, e o esforço da revolta é ele próprio gerador de um novo poder.
(Jorge Barbosa, 2014)
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