"- Esta relação da afirmação de si com o poder permite compreender o fascínio exercido pelo indivíduo por todas as formas sociais de poder: os indivíduos, prisioneiros da opinião, confundem o visível com o inteligível e sucumbem à ilusão de aumentar o seu ser (como um gato em pose de ataque) através de um parecer que parece garantido pelo exercício de uma escolha e de uma decisão ligada à sua função: servir-se, em vez de servir e submeter alguém ao seu domínio é acreditar que o poder desregulado permite que alguém se afirme na servidão. É também acreditar que fazemos mandando fazer. Todos estes comportamentos ruinosos para a justiça a para o indivíduo procedem de uma confusão entre o poder e a força, e afogam-se numa desmesura que pretende impor uma ordem, espalhando a desordem da usurpação do poder."
(Jorge Barbosa, 2014)
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