segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

A escola não pode adormecer à sombra da incompetência da sua liderança

“Apesar de tudo, faz sentido que nos questionemos sobre o que queremos como modelo de sociedade e, sendo assim, que reflitamos sobre se os modelos macrossistémicos - política de trabalho, de saúde, de educação, de segurança social - não estarão a potenciar perigosamente a destruição dos ambientes ecológicos que julgamos serem os ideais para a formação da juventude. É que as crianças e os jovens não “decidem”, num eventual congresso ou por outros meios, que vão dedicar-se a criar problemas à sociedade (ou à escola) que os recebe, como às vezes parece, se levarmos a sério certas conversas que nós, adultos, vamos tendo entre nós. Pelo contrário, são as crianças que, em primeira mão, sofrem os problemas e as disfuncionalidades da sociedade de que se pretende que venham a fazer parte integrante. O sofrimento da escola é um sofrimento em segunda mão, já cheio de tiques e de malformações que lhe vêm do primeiro uso.
Só que uma abordagem global deste tipo, embora tenha de estar presente na sua forma de consciência política, não pode tornar-se num obstáculo intransponível. A reflexão crítica deve, portanto, incidir mais sobre a dinâmica do que sobre os componentes, ou os indivíduos, ou os[…]”

Excerto de: Jorge Nunes Barbosa. “Indisciplina e Disfuncionalidade.” Jorge Barbosa, 2012. iBooks.
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