Miguel Relvas passa do 12º ano (ensino secundário) para uma licenciatura (ensino superior) num ano académico. Entretanto, dedicou-se a ganhar experiência. Mas que experiência foi a dele?
Com o 12º ano, ele foi consultor de um importante escritório de advogados.
Com o 12º ano, ele foi administrador de empresas, etc.
Ora, nem o capital de relações (amigos de amigos, famílias e seus familiares) consegue ter tão grande impacto na carreira profissional de quem quer que seja. É também indispensável que esse capital de relações seja enquadrado num partido político. E este é o verdadeiro problema. Não é a competência confirmada que fundamenta a atribuição de um cargo de responsabilidade; é, pelo contrário, o cargo de responsabilidade atribuído que é prova de competência.
Compreende-se, assim, que um cidadão com o 12º ano possa ser consultor (não é aprendiz ou estagiário...) de um escritório de advogados. Talvez seja uma forma encapotada de financiar a actividade partidária. Talvez. Na melhor das hipóteses. E depois, o financiado aproveita a boleia e faz uma licenciatura.
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