O que é certo é que o programa da troika falhou nos seus objetivos: a recessão é maior do que o previsto (e portanto a riqueza nacional é inferior ao programado), o desemprego é maior do que o previsto, e Portugal está a aumentar as suas dificuldades financeiras e, consequentemente, a diminuir as suas capacidades para pagar as dívidas externas. O alto patrocínio da Troika invisibiliza parcialmente o problema. Mas não o fará por muito mais tempo.
Assim, quem deveria chumbar no exame não é o país examinado (Portugal), mas o examinador (Troika). Só que isto também seria demasiado humorístico, quase sarcástico. Vamos continuar a fazer de conta que não percebemos? Ou vamos esperar pelos bons ofícios de Hollande, de Obama e agora também do SPD alemão, rival nas próximas eleições de Merkel que teve a coragem de já incluir no seu programa:
- eurobonds para investimento na energia, nos transportes europeus (TGV?) e na investigação científica
- programas de apoio ao emprego juvenil
- financiamentos com origem no Banco Europeu de Investimentos
- alargamento das funções do Banco Central Europeu.
Vamos esperar pelas eleições na Europa? É isso? Bom, esperemos então.
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