Defende o nosso
magnífico ministro da educação que os portugueses devem ter liberdade para
escolher a escola mais adequada para os seus filhos.
O que este sublime
ministro anda a dizer, com o apoio de comentadores e politólogos, começa a atingir
níveis de perigo explosivo. É certo que nada do que diz interessa ao país;
interessa a Lisboa, seguramente a Coimbra, mais conflituosamente ao Porto. Mas
não interessa a Miranda do Douro, a Viana do Castelo, a Viseu, a Évora, a Beja,
a Castelo Branco, a Mirandela, a Arouca, a Barcelos, a Estarreja, a Portalegre,
a Bragança, a Lamego, a Tabuaço, a Armamar, a Vila Real, a Faro, a Sines, a
Castelo de Paiva, a Penafiel, a Santo Tirso, a Ovar, a Avanca, a Águeda, a
Cabeceiras de Basto, a Vila Pouca de Aguiar, a Chaves, a Alcoutim, a Bombarral,
etc. E não interessa porque nestes e em outros locais bem portugueses os alunos
não vão para o colégio, vão para o infantário, para a creche ou muito
simplesmente para a escola.
E o que é que retira
a liberdade de escolha aos pais, nestes sítios e em todos os restantes de
Portugal?
Muito simplesmente:
1. A falta de dinheiro em
algumas famílias;
2. O facto de os alunos que
residam na área de influência de uma determinada escola terem prioridade para a
frequentar.
Que vai fazer este excelente ministro?
1. Vai acabar com a pobreza em
Portugal?
2.
Ou vai acabar com o conceito e a prática de área de influência da
Escola? Isto é: vai permitir, em nome da liberdade de escolha dos portugueses,
que as escolas possam escolher os seus alunos, em função da procura?
Se vai acabar com a pobreza, seja bem
vindo.
Se vai acabar com as áreas de influência
das escolas, que, no mínimo, deixe de falar na liberdade de escolha, porque não
é disso que se trata.
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