Dizem: é preciso cortar nas gorduras do Estado. Talvez seja verdade e, mais do que isso, talvez seja benéfico para todos.
Imagine-se agora que a um talhante lhe é feito o mesmo pedido: que tire a gordura dos bifes, antes de os pesar. Parece justo. Mas se o talhante for desastrado e, ao tentar cortar a gordura, acabar por cortar a fêvera, diremos, com razão, que, a continuar assim, irá à falência.
Pois bem, que faz o nosso magnífico governo? Como cortar gorduras exige cuidado, uma faca afiada, critérios afinados e perícia, decide cortar por onde lhe dá mais jeito.
E temos isto que se está a ver: a gordura fica, a fêvera é retirada.
É que cortar no acesso à saúde, no acesso à educação e nos salários de quem trabalha não é cortar gorduras; é, pelo contrário, destruir a pouca fêvera que ainda subsiste.
PPC é muito mau talhante. A continuar assim, vai levar-nos à falência.
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