quinta-feira, 18 de junho de 2009

CONVICÇÃO, INTELIGÊNCIA, HONESTIDADAE


José Sócrates está convencido de que foi eleito para seguir as suas próprias convicções. Acontece que, se de facto, está a seguir as suas convicções com honestidade, então não está a ser inteligente.

Com efeito, as três mais importantes qualidades de um político - convicção, inteligência e honestidade - não se ajustam umas às outras; só se conseguem emparelhar duas a duas:

1. Quem segue as suas convicções com honestidade não está a ser inteligente;
2. Quem está a ser inteligente e honesto, não pode seguir cegamente as suas convicções;
3. Quem segue as suas convicções com inteligência não está a ser honesto.

Ora, é aqui que surge uma nova qualidade que permite superar este paradoxo: o bom senso, por outras palavras, o bom discernimento, o juízo. Aquilo que mais falta ao nosso Primeiro Ministro é precisamente bom senso para poder ser inteligente, honesto e gerir bem as suas convicções.

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