terça-feira, 16 de agosto de 2011

Merkel e Sarkosy Finalmente Juntos

Merkel e Sarkosy, com pompa e circunstância, vieram dizer, entre outras coisas, que o Euro é e será a moeda comum da Alemanha e da França. Esqueceram-se dos outros países da Zona Euro, ou a história é outra?
Para mim, a história é outra. Sarkosy, um Astérix falhado, a quem o povo francês parece não querer dar a poção mágica, tinha de se submeter. E submeteu-se.
É que, em França, há uma corrente de opinião, suportada por economistas de relevo que defendem que, no caso de os países do Euro terem de se separar da moeda única, a França não deve acompanhar a Alemanha, nem os países do Norte, mas a Espanha, a Itália, Portugal. E porquê? Dizem eles que a Alemanha faz "dumping" com a sua capacidade exportadora de produtos com muito valor acrescentado: 40% da riqueza alemã tem origem no mercado externo. Esta vocação alemã seria particularmente perigosa para a França, culturalmente mais apostada na dependência do mercado interno.
Nestas condições, a França não deveria ficar com a Alemanha numa linha da frente do Euro.
Ver o artigo Artigo.
O autor, com efeito, propõe no "Le Monde" uma União da Europa Mediterrânica, como alternativa ao "dumping" económico e social praticado pela Alemanha, que consegue, através de uma economia virada para o mercado externo, o efeito brilhante de fazer com que os importadores paguem a sua crise.
Decididamente, para mim, Merkel quer pôr termo a este tipo de conversas, de resto, compreensíveis e até louváveis. E Sarkosy foi na onda...


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