segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Colóquio Crise e Civilidade (FLUP, 29 de março de 2012)



Crise e Civilidade
Colóquio do grupo de investigação Filosofia e Espaço Público
29 de março de 2012
9h30 / 12h30 - 14h00 / 17h30
Sala de Reuniões da FLUP

O Grupo de Investigação Philosophy and Public Space do Instituto de Filosofia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto tem o prazer de convidar V. Exa. para o Colóquio Crise e Civilidade, que contará com as intervenções dos investigadores do referido grupo de investigação e que terá lugar no dia 29 de março de 2012, com início às 9h30, na Sala de Reuniões na Faculdade de Letras da Universidade do Porto.

O espaço público comporta no seu âmago, e de modo crescente, a experiência generalizada de crise, para além das dimensões políticas e económicas mediatizadas.
A partir das fragmentações do sentido e do habitar contemporâneo, o Research Group Philosophy and Public Space pretende com este Colóquio problematizar os conceitos de política, crise, civilidade e urbanidade, de modo a apresentar e debater itinerários individuais e comuns de investigação.

Com os melhores cumprimentos,
Paula Cristina Pereira
Investigadora Responsável do Grupo de Investigação Philosophy and Public Space

____________________________________________
Instituto de Filosofia (UI&D 502)
Faculdade de Letras da Universidade do Porto
Via Panorâmica s/n
4150-564 Porto
Tel. 22 607 71 80
E-mail: ifilosofia@letras.up.pt
http://ifilosofia.up.pt/



quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Apple reforça aposta na área de educação


Com novos aplicativos, Apple reforça aposta na área de educação

Empresa anuncia versão 2.0 do iBooks, com suporte a livros didáticos, e aplicativo iTunesU, com conteúdo gratuito para educação

Claudia Tozetto, iG São Paulo 19/01/2012 15:15 - Atualizada às 15:35
Texto:
Em evento realizado para editoras de livros em Nova York (EUA), a Apple anunciou seus planos de investir mais no mercado editorial, tanto por meio de parcerias com editoras de livros didáticos, como pela oferta de aplicativos próprios para o segmento, como a nova versão do iBooks e do iTunesU. "O novo iBooks para iPad traz uma nova experiência de livros didáticos", diz Phil Schiller, vice-presidente sênior de marketing. Por enquanto, as novidades anunciadas pela empresa só estarão disponíveis nos Estados Unidos.
Foto: Reuters
Phil Schiller, da Apple, apresenta iBooks 2.0 e primeira versão do aplicativo iTunesU
Até agora, a Apple ainda não havia anunciado investimentos fortes para a área de educação. Apesar disso, a empresa já reunia mais de 20 mil aplicativos educativos desenvolvidos para o iPad e estima que mais de 1,5 milhão de iPad estejam em uso em escolas. Com a nova estratégia, anunciada hoje, a Apple parece ter o objetivo de que o iPad passe a fazer parte do material escolar obrigatório de todos os estudantes.
iBooks ganha atualização
O aplicativo iBooks, usado para baixar e ler livros digitais (e-books) por meio do iPhone e iPad, passa a ser a plataforma principal da Apple para sua entrada no mercado de livros didáticos. Estudantes que tiverem acesso ao produto em casa ou na escola poderão baixar livros didáticos para o tablet a partir de US$ 15 (cerca de R$ 26). Será possível interagir com os aplicativos por meio do toque, localizar o significado de palavras em um glossário integrado.
Livros de biologia, por exemplo, terão imagens em 3D que poderão ser manipuladas pelo estudante durante as aulas. Os livros poderão ser usados em modo retrato (foco em textos) e em paisagem (foco na interatividade com imagens) e suportarão busca e também atividades, como exercícios e testes interativos - até sessões de perguntas e respostas estarão integradas aos novos livros.
Segundo a Apple, as editoras de livros Pearson, McGraw Hill e Houghton Mifflin Harcourt serão as primeiras a apostar na plataforma - juntas, elas representam cerca de 90% do mercado de livros didáticos nos EUA. Além dessas editoras, a Apple também fez uma parceria com a DK Publishing, que lançará livros didáticos para crianças menores, como "Meu primeiro ABC" e "Dinossauros e Vida Pré-histórica".
iTunesU se torna independente
O iTunesU, área da iTunes Store dedicada a conteúdos produzidos para a área de educação, também faz parte da nova estratégia da Apple voltada para a área de educação. A partir de agora, o iTunesU ganha um aplicativo independente da iTunes Store, que mostrará os conteúdos em prateleiras, como a iBooks Store. Por meio deste aplicativo, o usuário poderá baixar cursos, palestras e podcasts criados por professores universitários. A quantidade de conteúdo disponibilizada deve aumentar nos próximos meses, segundo Schiller.
De acordo com a Apple, mais de mil universidades americanas criam conteúdo para o iTunesU, que atualmente reúne mais de 100 cursos completos sobre os mais diversos assuntos. No total, a iTunesU oferece mais de 500 mil itens, entre conteúdos de áudio, vídeo e texto. "É o maior catálogo de conteúdo educacional grátis em todo o mundo", disse o executivo da Apple durante a apresentação.
Criação de e-books
Outra novidade da Apple, em especial para escritores independentes, é um novo aplicativo para MacOS que permite desenvolver livros eletrônicos interativos. O novo software oferece uma série de modelos de livros e, a partir da escolha de um deles, o autor pode inserir fotos, vídeos, áudio, animações e outros conteúdos. O aplicativo suporta até mesmo modelos em 3D, agora suportados pelo iBooks 2.0.
Foto: Reprodução
Aplicativo para criação de e-books é gratuito para baixar por meio da Mac App Store
O autor do livro digital pode ver uma prévia do e-book em seu próprio iPad, desde que ele esteja conectado ao computador por meio de uma rede Wi-Fi. O aplicativo é gratuito e está disponível, a partir de hoje, na Mac App Store. Com o novo aplicativo, a Apple tenta aproximar os produtores de conteúdo da loja de livros do iBooks.

Visto do Lado de Fora, o Recente Acordo de Concertação Social em Portugal é um Desastre


Malgré les efforts consentis, l'horizon reste sombre pour le Portugal

LEMONDE.FR | 17.01.12 | 19h09   •  Mis à jour le 18.01.12 | 08h25

Bateaux naviguant sur le Tage, au large de Lisbonne.
Bateaux naviguant sur le Tage, au large de Lisbonne.AP/Armando Franca

La dégradation de la note française par Standard & Poor's, vendredi 13 janvier, a éclipsé celle du Portugal, pourtant source d'une inquiétude autrement plus importante pour l'avenir de la zone euro. La note du pays est en effet passée de BBB - (qualité moyenne inférieure) à BB (titre spéculatif, ou dans le jargon économique, "obligation pourrie").

Une dégradation "infondée", selon le Portugal, qui relevait alors "une série d'incohérences" dans les conclusions de l'agence de notation. "Standard & Poor's semble avoir substitué son analyse individualisée par pays à une analyse systématique basée sur la zone euro, dont découlent des conclusions qui ne reflètent pas de manière adéquate les réalités nationales", détaillait le ministère des finances portugais, qui mise sur son programme d'austérité pour sortir le Portugal de la crise.
NOUVEL ACCORD D'AUSTÉRITÉ
Programme sur lequel le gouvernement portugais a cependant été obligé de rogner– et pas qu'un peu. Il a renoncé mardi 17 janvier, sous la pression des syndicats, à l'une de ses mesures phares, à savoir l'augmentation de la journée de travail de trente minutes dans le secteur privé, afin d'améliorer la compétitivité du travail.
En contrepartie, le gouvernement a tout de même obtenu la suppression de quatre jours fériés et de trois jours de congés payés, ainsi que l'assouplissement des horaires de travail. L'accord, dont on ne connaît pas encore les détails, doit être signé mercredi.
Ces réformes conditionnent l'obtention de l'aide exceptionnelle dont bénéficie le Portugal – au même titre que la Grèce et l'Irlande –, dans le cadre d'un plan de sauvetage européen. En mai, le pays a reçu un prêt d'un montant de 78 milliards d'euros, accordé par l'Union européenne et le Fonds monétaire international (FMI).
UNE RESTRUCTURATION DE LA DETTE "TRÈS PROBABLE"
Pour le ministre de l'économie portugais, Alvaro Santos Pereira, l'adoption de ces mesures de rigueur sont une réussite. "Après des mois d'intenses négociations, le pays dispose d'un accord qui renforce la compétitivité de l'économie nationale, qui jette les bases de la croissance et qui préserve la paix sociale", a-t-il souligné.
Ce n'est pas l'avis d'Anne-Laure Delatte, économiste à la Rouen Business School. Selon elle, "le Portugal entre dans une logique de déflation, c'est-à-dire une compression salariale, pour réduire le coût du travail. Automatiquement, le chômage va augmenter et la demande, se réduire. Cela peut durer très longtemps".
Standard and Poor's prévoit ainsi une "quasi stagnation" du PIB en 2013 (+ 0,3 %), après une année de récession "sans précédent" (- 3,1 %). Mme Delatte se veut quant à elle encore plus pessimiste, estimant que "le risque d'une restructuration de la dette portugaise est à terme très probable".
"L'ESPAGNE REPRÉSENTE UN RISQUE PLUS IMPORTANT"
"Selon le FMI, enchaîne-t-elle, l'histoire des crises de ce type montre que l'austérité budgétaire a permis de restaurer la croissance et la compétitivité d'un pays, dès lors que celle-ci était accompagnée d'une dévaluation de la monnaie. Or, ce n'est pas possible pour le Portugal, à moins de sortir de la zone euro".
Un avis partagé par Thomas Costerg, économiste à la Standard Chartered Bank."Si un pays devait en sortir, ce serait probablement la Grèce ou le Portugal, qui ne se finance d'ailleurs plus sur les marchés", rappelle-t-il. 
Aujourd'hui, même si le risque représenté par le Portugal reste "important""ce sont l'Espagne et, à terme, l'Italie, qui représentent le risque le plus important pour l'Eurozone, estime quant à elle Anne-Laure Delatte. Les banques européennes sont exposées à hauteur de 628 milliards d'euros au risque espagnol, alors qu'elles ne le sont que de 133 milliards au risque portugais", précise-t-elle.
Signe de la méfiance des investisseurs pour le Portugal, le pays n'émet plus de titres d'une maturité supérieure à six mois depuis avril 2011, et ce en raison de taux d'interêts trop élevés. Dans ce contexte, l'émission, prévue mercredi, de bons du trésor à onze mois, apparaît comme un véritable test pour Lisbonne.
Anna Villechenon

L'austérité jugée inefficace, Berlin est appelé à débloquer la situation


L'austérité jugée inefficace, Berlin est appelé à débloquer la situation

LEMONDE.FR | 18.01.12 | 19h12   •  Mis à jour le 19.01.12 | 07h54

Manifestation de pompiers contre l'austérité en Catalogne, mercredi 18 janvier à Barcelone.
Manifestation de pompiers contre l'austérité en Catalogne, mercredi 18 janvier à Barcelone.AFP/LLUIS GENE

    Le discours alarmiste de ces derniers mois sur le niveau des finances publiques européennes – défendu aussi bien par les agences de notation que par nombre de gouvernements européens – a focalisé l'attention sur les plans de rigueur adoptés par consensus dans l'Union européenne.

    Première à pousser en faveur de l'austérité, l'Allemagne a d'ailleurs immédiatement appelé à plus de rigueur après l'annonce par Standard & Poor's, vendredi 13 janvier, de la dégradation de la note de neuf pays de l'Eurozone, alors même que l'agence pointait du doigt, entre autres, l'inefficacité des politiques adoptées.
    Si Angela Merkel souhaite accélérer les accords sur le renforcement budgétaire en Europe, présentés comme une solution efficace pour sortir rapidement les pays de la crise, plusieurs voix s'élèvent pour rappeler que l'austérité ne sera efficace – en tout cas pour les pays les plus durement touchés – qu'accompagnée, en retour, d'une politique de croissance initiée par Berlin.
    L'AUSTÉRITÉ COMPARÉE À LA "SAIGNÉE MÉDIÉVALE"
    Parmi ces voix, l'une des plus pessimistes est celle du célèbre économiste américain Joseph Stiglitz, prix Nobel en 2001, qui lors du Forum financier asiatique de Hongkong, mardi, est allé jusqu'à comparer l'austérité à "la pratique de la saignée dans la médecine médiévale". Celle-ci pourrait, selon lui, provoquer à terme la disparition de l'euro.
    Lors d'une conférence économique en Argentine, en décembre, Stiglitz déclarait déjà que "les politiques d'ajustement aux Etats-Unis et en Europe ne résoudront pas la crise économique. Le déficit budgétaire n'est pas à l'origine de la crise, c'est au contraire la crise qui a causé le déficit budgétaire".
    Il sont ainsi plusieurs à camper sur cette ligne. L'économiste André Grjebine, directeur de recherche au CERI-Sciences Po (Centre d'études et de recherches internationales), déplore, dans une analyse parue en janvier sur Le Monde.fr, "la logique à courte vue des gouvernements européens (...) d'autant plus dangereuse que, depuis Keynes, chacun sait qu'il ne faut précisément pas freiner la croissance en période de ralentissement économique".
    UN PROCESSUS "AUTODESTRUCTEUR"
    Selon M. Grjebine, "dans un tel contexte, les Etats les plus vulnérables sont donc acculés à pratiquer des politiques d'austérité pour satisfaire aux exigences de leurs créanciers. En hypothéquant ainsi leur croissance, ils réduisent leurs recettes publiques et rendent plus problématique encore le remboursement de leur dette publique".
    Il va même plus loin, dans une tribune publiée mercredi 18 janvier dans Le Monde et co-écrite par Francesco Saraceno, économiste à l'OFCE. "Un processus de réformes basé sur le seul pilier de l'austérité budgétaire risque de s'avérer autodestructeur, l'inquiétude des consommateurs quant à leur emploi et leurs revenus réduisant la demande intérieure et celle-ci conduisant à une baisse des recettes fiscales", prévient-il.
    Un cercle vicieux à craindre particulièrement dans les pays où le chômage est élevé, comme en Espagne ou au Portugal, deux pays sur lesquels plane à terme le spectre d'une restructuration de la dette.
    En plus des plans d'austérité visant à réduire leur déficit, les gouvernements espagnol et portugais s'attaquent désormais au marché du travail. Là encore des mesures drastiques, comme la suppression de jours fériés ou la baisse de la durée d'indemnisation du chômage, sont prévues dans le but de relancer la compétitivité du pays.
    BERLIN APPELÉ À LA RESCOUSSE
    Ces mesures ont un impact social non négligeable, puisqu'elles sont synonymes de "compression salariale, pour réduire le coût du travail. Automatiquement, le chômage va augmenter et la demande, se réduire. Cela peut durer très longtemps", s'alarmait mardi, dans un article du Monde, Anne-Laure Delatte, économiste à laRouen Business School.
    C'est pourquoi "l'effort de redressement budgétaire imposé aux pays de la périphérie devrait, par ailleurs, être étalé sur une période assez longue pour que ses effets récessifs soient minimisés", insistent de leur côté MM. Grjebine et Saraceno. En attendant les effets positifs des plans d'austérité, à long, voire à très long terme, l'Allemagne semble, pour certains, appelée à jouer un rôle essentiel dans la sortie de crise.
    Dans un entretien au Financial Times, mardi 17 janvier, Mario Monti a ainsi clairement demandé à l'Allemagne d'aider l'Italie et les autres pays de la zone euro surendettés à abaisser leurs coûts d'emprunt, en complément à l'austérité engagée. Plus qu'un simple échange de bons procédés, cette aide conditionne aux yeux de M. Monti la réussite des plans de rigueur mis en place dans la douleur.
    "UNE RELANCE DANS LES PAYS EXCÉDENTAIRES"
    "Si l'on ne reconnaît pas le mouvement énergique engagé vers la discipline et la stabilité, il faut craindre de fortes répercussions dans les pays qui sont soumis à un énorme effort de discipline", a prévenu à ce titre le président du Conseil italien.
    De leur côté, les économistes André Grjebine et Francesco Saraceno soutiennent que "les pays européens devraient mettre en œuvre des politiques économiques susceptibles à la fois de soutenir la croissance et de faciliter ainsi le remboursement des dettes publiques et de rééquilibrer les balances courantes entre pays de la zone euro. Ce double objectif ne paraît pouvoir être obtenu que par une relance dans les pays excédentaires, en premier lieu en Allemagne".
    Désigné comme l'un des derniers espoirs pour sauver la zone euro, Berlin ne semble pourtant pas très réceptif à l'appel au secours des pays en difficulté. Persuadé qu'il s'agit avant tout d'un problème de déficit budgétaire, le pays reste sourd à toute tentative d'éloignement du droit chemin de l'austérité. Reste à savoirsi l'Union européenne a encore le temps d'attendre que l'Allemagne se décide àagir.
    Anna Villechenon